segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Contos Rápidos - o que são?

<3
Bom, eu já mencionei minha situação atual no ultimo post certo? Então, para essas situações, escreverei um conto rápido  "Ah Alexia, o que é um conto rápido?" funcionará assim: Eu não farei apresentação de personagem, e não terá mais de um capitulo. É praticamente um texto. Eu só postarei quando eu tiver demorando muito com o capitulo de algum conto, ou quando eu estiver viajando por exemplo. Só para não deixar o blog sem conteúdo, e para não perder os leitores. 
Tenham uma boa leitura, e uma boa semana. :3

<3 ²

Aviso sobre postagens

Gif de algo não coreano, para variar um pouco.

Bom dia gente :3 
Bom, para começar quero me desculpar pela demora para o capitulo 5 de Anjos Caídos (o qual eu nem comecei a escrever). Meu notebook estragou, e eu não me sinto muito bem escrevendo na maquina dos outros (apesar de eu estar escrevendo pelo computador do meu pai agora). Enfim, talvez essa semana eu já tenha meu notebook de volta e poderei assim, voltar a escrever. Sinceramente estou ficando um pouco agoniada de não poder escrever.
Que vocês tenham uma boa semana.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 4: A primeira luta

Era meu aniversario de cinco anos. Era a primeira vez que eu estaria totalmente sozinha nessa data. Não muito diferente dos outros anos, afinal, minha mãe nunca se preocupou em comemorar. Eu havia comprado um pedaço de bolo, e uma vela. Só pra não passar em branco mesmo. Quando eu acendi o fosforo, eu senti alguém me puxando pra trás, eu levei um super susto e acabei deixando cair o fosforo aceso em cima da mesa. A mesa era de madeira, e começou a pegar fogo muito rápido. Olhei para todos os lados, mas não havia ninguém la. Eu também não sabia o que fazer, eu tinha certeza que o fogo iria se espalhar pro resto da casa e eu iria morrer ali mesmo. Eu não tinha a minima ideia do que fazer para evitar, então fiquei sentada no chão, encostada na parede perto da porta. Eu ia começar a chorar. Todos dizem que não tem medo da morte, mas dizem isso porque nunca a encararam de frente. Era a segunda vez que isso acontecia comigo. O fogo se espalhou tanto que eu tinha certeza que dessa vez não iriam me ajudar. Eu encostei minha cabeça no joelho, só esperando as chamas me devorarem, mas quando olhei de novo, a cozinha estava em perfeito estado. Aquilo... era um sonho?



Meiling: Sabe... Depois que você me deu esse colar, eu tenho tido algumas sensações estranhas, como se eu soubesse que algo vai acontecer, mas não exatamente o que. Eu sempre senti isso na verdade... Mas nunca tão forte.
Ficamos em silencio por alguns minutos. Eu estava um pouco nervosa, com medo talvez.
Meiling: Acho que vou dar uma volta por ai...
Pulei da arvore, e fiz minhas asas aparecerem.
Meiling: Quer vir comigo?
Ele pareceu ficar pensativo, demorou pra me responder. Acabei começando a alçar voo sem ele. Quando eu estava numa altura onde provavelmente ninguém conseguiria me ver, ele apareceu do meu lado.
Matthew: Vamos.
Ele só precisou terminar de falar para algo me atingir. E não, não era um pássaro. Eu comecei a cair, eu ia cair exatamente dentro do rio. Eu não conseguia controlar minhas asas, não conseguia voltar a voar. Matthew me segurou antes de eu cair no rio, pousando na beira do mesmo e me colocando no chão. Eu estava um pouco tonta e me segurei nele pra não cair.
Meiling: O que foi isso?
Matthew apenas sussurrou pra mim
Matthew: Mostre que não perdi tempo te ensinando. Use o que você aprendeu.
Eu não entendia por que ele estava dizendo aquilo, mas depois de dizer, ele se afastou. Fiquei um pouco assustada com a reação dele. O que diabos estava acontecendo afinal? Um raio acertou uma arvore próxima. Eu gritei de susto. O tempo começou a ficar nublado, parecia que o mundo ia acabar, e o vento estava cada vez mais forte, cada vez mais gelado, e eu estava ficando cada vez mais apavorada. Resolvi ir embora dali o mais rápido possível, mas quando eu me virei dei de cara com Mi-cha amordaçada, e Angelo ao lado dela, rindo. Eu não sabia direito como reagir.
Meiling: MI-CHA!
Resolvi correr até ela, mas quando me aproximei, Angelo me atacou, e eu acabei indo parar na mesma arvore que o raio tinha atingido. Desde quando ele sabia executar feitiços? Mi-cha nunca havia me falado isso. 
Eu me levantei com dificuldade. Ele brincava com o cabelo dela, ela parecia agoniada. Ela também estava chorando.
Angelo: Então, vamos analisar essa situação. Você é apenas mais uma garota idiota, da qual eu só preciso um pedaço da alma. Vamos resolver isso de uma vez, me de logo isso e eu deixo sua amiga em paz.
Fiquei mais assustada ainda. Dar o que?!
Ele começou a se aproximar
Angelo: Quer mesmo arriscar a vida da sua amiga? Ela não é como uma irmã mais nova pra você? Você não devia proteger sua irmã?
Não o respondi. Quando ele se aproximou o suficiente eu tentei ataca-lo, assim como o pai de Mi-cha me ensinava. Não deu muito certo, mas consegui desviar de alguns ataques pelo menos.
Angelo: Que gracinha, acha mesmo que consegue me derrotar?
Resolvi tentar usar um dos ataques que eu havia aprendido no dia anterior, seria a primeira vez que eu usaria magia, não sabia ao certo o que poderia acontecer.
Meiling: LUX IMPERIUM!
Eu consegui lança-lo bem longe, fiquei impressionada com a minha força, mas procurei não demonstrar isso.
Angelo: Ah... Garota estupida.
Ele atacou novamente, dessa vez com mais força, mas não foi em mim, e sim em Mi-cha. Ela caiu dentro do rio. Ela não sabia nadar, e mesmo que soubesse não conseguiria.
Meiling: SEU IDIOTA!
Ele começou a rir.
Angelo: Até breve.
Um raio atingiu o local que ele estava, e foi assim que ele sumiu. 
Agora eu tinha que salvar Mi-cha. Quando eu ia pular no rio, alguém segurou meu braço.
Matthew: Você lutou muito bem.
Meiling: SEU... Não. Não posso brigar com você agora, eu preciso salvar Mi-cha.
Eu ia pular mas ele pulou antes. Eu não conseguia acreditar que ele realmente estava fazendo aquilo. Eu estava segurando minhas lagrimas. Primeiro ele me deixa sozinha, depois Mi-cha aparece daquele jeito, e agora ele a salva? O que estava acontecendo afinal? Por que ninguém contava? Eu estava perdida no meio dos meus pensamentos, até que ele apareceu com Mi-cha no colo. Resolvemos leva-la pra minha casa. Fomos voando, afinal, o que os vizinhos iriam dizer vendo nós três chegando daquele jeito? Mi-cha estava com medo, mas impressionada. Pousamos na sacada do meu quarto. Ela estava chorando muito.
Meiling: Ele... te machucou muito?
Ela apenas me abraçou. 
Meiling: Você vai passar a noite aqui, esta bem?
Ela concordou com a cabeça, e eu sugeri que fosse tomar um banho. Notei que Matthew ia para algum lugar, só não sabia aonde.
Meiling: ONDE VOCÊ PENSA QUE VAI?
Ele se virou para me encarar.
Meiling: Você é um idiota.  
Comecei a empurra-lo. 
Meiling: Um completo idiota. Me deixou sozinha quando eu mais precisava. E se algo pior tivesse acontecido? 
Quando eu terminei de falar ele me segurou pelos pulsos, me empurrando contra a parede do quarto.
Matthew: Se algo pior fosse acontecer, eu te salvaria.
Aparentemente ele estava falando a verdade. Não consegui mais segurar as lagrimas, comecei a chorar ali mesmo. Ele me soltou.
Meiling: SAI DAQUI!
Eu estava nervosa, super nervosa.
Matthew: Acha mesmo que eu vou te deixar sozinha depois de tudo isso?
Meiling: SAIA AGORA!
Ele ficou me encarando. Eu não sabia o que fazer pra ele sair. Eu não queria mais a presença dele ali. Eu não sentia que podia confiar nele, não mais. 
Ficamos nos encarando, até que ele foi.
Sentei na cama, esperando Mi-cha sair do banho. Ela saiu um pouco tempo depois. Ficamos conversando, tentando esquecer o que tinha acontecido, mesmo sabendo que isso não era muito possível. Quando ela dormiu, resolvi ligar para a mãe dela. Ela devia estar super preocupada. Ela demorou tanto pra atender que eu estava quase desistindo.
Mãe de Mi-cha: Alô?
Meiling: Hã... oi, alô?
Mãe de Mi-cha: Quem tá falando?
Meiling: Eu. Quer dizer, Meiling.
Mãe de Mi-cha: MEILING!
Ela parecia surpresa e preocupada.
Mãe de Mi-cha: Ah Meiling! Você viu Mi-cha? O que aconteceu com ela?
Tentei começar a rir pra disfarçar
Meiling: Ah, eu estava indo pra casa de vocês hoje e acabamos nos encontrando e viemos pra minha, ficamos assistindo filme até agora pouco... Ela acabou de dormir, e só lembrei de ligar pra avisar agora. Espero que nós não tenhamos te deixado muito preocupada.
Ela ficou um pouco em silencio.
Mãe de Mi-cha: Não... Não se preocupem. Mãe é mãe. Agora vá dormir.
Ela desligou o telefone. Ela parecia estranha.
Voltei pro meu quarto, Mi-cha estava dormindo na minha cama. Fui até a sacada apreciar a noite, fazia muito tempo que eu não a admirava. Olhei para baixo e vi uma sombra. Fiquei assustada, será que Angelo queria uma revanche? Desci. Eu me arrependi assim que desci. Estava muito frio. Comecei a procurar pela sombra, mas eu não achava nada. Olhei pro lado e vi Matthew adormecido, no canto da parede da minha casa, embaixo da sacada. Meus olhos se encheram de lagrimas de novo. Ele realmente iria me proteger. Voltei pra dentro da casa e peguei uma coberta. Desci novamente e fui até ele, e o cobri com a coberta. Fiquei olhando um pouco pra ele, e depois resolvi ir dormir. Voltei para o meu quarto, tomei um banho, e deitei na cadeira de balanço que tinha no meu quarto.
Acordei com Mi-cha me chamando, e a coberta que eu havia colocado em Matthew sobre mim.
Mi-cha: UNNIE! Acorda! O café da manhã ta pronto!
Ela sorriu. Como ela podia estar tão feliz depois de tudo o que aconteceu? Assim que ela notou que eu acordei, ela me fez levantar. Ela foi tomar banho. Eu ainda estava meio sonolenta, e desci ainda de pijama. Matthew estava apoiado no balcão, aquele que dividia a cozinha e a sala. Ele estava comendo alguma coisa.
Matthew: Bom dia!
Ele estendeu um prato com panquecas pra mim. Aquilo estava parecendo coisa de filme. Me sentei no outro lado do balcão e peguei o prato.
Respondi ainda com sono
Meiling: Aham.
Peguei um garfo e comecei a comer. Ficamos em silencio por um tempo. Resolvi tentar quebrar o gelo, mesmo com a probabilidade de levar uma patada.
Meiling: Você cozinha muito bem...
Ele sorriu.
Matthew: Eu contei para Mi-cha.
Tentei imaginar a reação dela. Mas não sabia se ela ficaria assustada ou empolgada.
Meiling: Como ela reagiu?
Matthew: Ela deve ter achado estranho no começo. Mas eu já a avisei para não falar sobre isso com ninguém, além de eu e você, mas só se for muito necessário.
O silencio tomou conta de novo. Ele pareceu ficar pensativo, e dessa vez ele começou falando.
Matthew: Mei...
Ainda era estranho ele me chamando de Mei. A unica pessoa que me chamava assim era a Mi-cha, raramente.
Matthew: Eu preciso te contar uma coisa. Mas você tem que me prometer que não vai ficar brava comigo, ou até mesmo parar de confiar em mim. Só quero te dizer isso mesmo, para caso ocorra de você acabar descobrindo de outro jeito, não termos problemas, ok?
Concordei com a cabeça.
Matthew: Aquele cara que atacou você, que atacou Mi-cha, se chama Azazel.
Continuei  concordando com a cabeça e comendo, para ele saber que eu estava prestando atenção em cada palavra.
Matthew: E podemos dizer que... eu seja um servo dele.
Me engasguei.



Minha mãe havia me obrigado a virar um aliado, um servo, do assassino de meu pai. Ela dizia que eu deveria seguir o mesmo caminho que ele. Eu sempre a questionava, perguntando o porque daquilo, mas ela dizia que me explicaria quando eu fosse mais velho, pois agora eu não entenderia. 
Azazel havia me levado para aprender algumas coisas. Era como se ele quisesse substituir o lugar do meu pai, tentando fazer com que parecesse que tudo o que eu havia aprendido estava errado, e só o que ele ensinava era certo. Eu sabia que era errado, mas fingia concordar. Meu pai era meu mestre, e ninguém poderia tirar esse lugar dele. 
Estávamos na casa da garota que meu pai salvou, ele a enfeitiçou , para que ficássemos invisíveis aos olhos dela. Aparentemente era aniversario dela. Ela ia acender uma vela. Quando acendeu o fosforo, Azazel a puxou pra trás pelo pulso, fazendo com que ela se assustasse e derrubasse o fosforo. Ele ficou olhando e rindo, até que o fogo se espalhasse um pouco. Depois que ele já estava satisfeito vendo a garota desesperada, ele resolveu que devíamos ir embora.
Azazel: Vamos?
Eu estava assustado. Como uma pessoa em sã consciência podia fazer aquilo? 
Matthew: Pode ir... Eu vou daqui a pouco...
Ele pareceu desaprovar minha decisão. Resolvi falar algo para pelo menos tentar engana-lo e ele me deixar ali.
Matthew: Quero vê-la sofrer mais um pouco. Isso é tão... divertido.
Dessa vez ele sorriu, e foi embora, me deixando sozinho ali.
Aproveitei a oportunidade para tentar fazer o fogo sumir. Não era nada fácil  ainda mais pra alguém da minha idade. Mas consegui. Eu estava totalmente cansado, como se eu tivesse usado todas as minhas forças. Resolvi voltar pra minha casa.


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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 3: Uma surpresa terrivel

Eu estava no bosque que havia perto da minha casa. Subi numa arvore e fiquei lá, vendo o rio, o céu, o lugar. O dia estava lindo. Comecei a prestar atenção no som do local, e percebi que tinha dois garotos rindo, mas eu não conseguia enxerga-los. Procurei ignorar, e me encostei na arvore novamente, fechei os olhos e fiquei lá, relaxando. 
Alguma coisa bateu em mim, e eu cai da arvore. Aquilo ia deixar minha testa roxa, eu tinha certeza. Meu pulso estava doendo, devia ser por que eu havia me apoiado no chão.  Comecei a olhar por tudo, procurando o que poderia ter me acertado, até que eu vi uma bola de futebol indo em direção ao rio. Sai correndo pra pegar a bola. Meu pulso doía, eu queria chorar. Me agarrei na bola e sentei na beira do rio. Escutei passos, devia ser um dos garotos que chutou aquela bola. Me recusei a olhar pra ver quem ou o que era.



Já estava escuro, eu estava esperando por Matthew no mesmo lugar do dia anterior, que parecia levar séculos para chegar. Eu estava pensando em ir embora, quando ele chegou com duas maletas, bem estreitas, porem longas. 
Matthew: Tive que passar em casa pra pegar umas coisas.
Ele realmente havia me dito que treinaríamos outra coisa hoje, mas não havia me dito o que. Fiquei apenas observando-o. Ele colocou as duas maletas no chão e começou a abri-las. Ele tirou um tipo de espada de dentro de cada uma, e me entregou uma delas.
Meiling: O que que eu vou fazer com isso? Sério, eu vou acabar machucando al...
Ele não deixou eu acabar a frase, pois do nada começou a me atacar com a espada que ele segurava, e eu me defendia, quase fui acertada algumas vezes, mas consegui ficar intacta. Até que ele parou
Meiling: IDIOTA! Ta maluco? Quer me matar?
Matthew: Até a algum tempo atrás isso não seria má ideia... Mas não. Você precisar treinar, não é tão ruim quanto eu pensei que fosse. Agora vamos, me ataque.
Comecei a rir.
Meiling: Não obrigada, tenho amor a minha vida.
Matthew: Se você não me atacar, eu te ataco.
Eu preferi atacar. Eu atacava de qualquer jeito, eu nunca havia lutado com espadas. Eu não consegui faze-lo nem ao menos desviar. Ficamos nisso uma meia hora. Eu estava cansando.
Meiling: Desisto.
Sentei no chão e me encostei numa das arvores.
Matthew: Levante-se e repita meus movimentos.
Respirei fundo e fiz o que ele mandou.
Matthew: Ótimo, agora repita esses movimentos.
Ele ficou encostado na arvore observando, enquanto eu fazia o que ele mandava. Resolvi descontrair um pouco, apontei a espada para a garganta dele, eu achei que podia assusta-lo ou coisa do tipo, mas não, ele só começou a rir.
Meiling: Acha mesmo que eu não te atacaria?
Matthew: Sinceramente? Tenho certeza disso.
Tentei pressionar um pouco mais a espada, mas tomando cuidado para não machuca-lo. Fiquei esperando alguma reação, mas a unica que consegui foi de gargalhadas. Desisti, e  resolvi a voltar a praticar o que ele havia mandado. Quando me virei ele me puxou pela cintura, e colocou sua espada no meu pescoço. Fiquei um pouco assustada, realmente não esperava aquilo. 
Matthew: Mas e você?...
Eu procurei não mostrar nenhuma reação
Matthew: Acha que eu... não teria coragem de te machucar?
Ele começou a pressionar a espada no meu pescoço, comecei a ficar um pouco preocupada. Fiquei esperando ele fazer algo, até que ele tirou a espada e me empurro pra frente.
Matthew: Vamos, ultima luta. Quero ver se valeu mesmo a pena tentar te ensinar.
Eu ainda não tinha conseguindo processar tudo o que estava acontecendo, até que ele começou a me atacar, e eu a me defender. Consegui ataca-lo algumas vezes, fazendo-o se mover. O resultado foi bem melhor do que quando começamos tudo isso, mas perdi.
Matthew: É... você deu uma melhorada.
Devolvi a espada pra ele, a qual ele guardou naquela maleta, e me entregou. Olhei pra ele sem entender.
Matthew: Esconda isso na sua casa. Agora essa espada é sua. 
Meiling: Ta falando sério?
Ele concordou com a cabeça, enquanto guardava a dele. De inicio, eu não achei uma boa ideia, mas acabei por concordar. 
Estávamos quase saindo do bosque, quando ele parou na metade do caminho.
Matthew: Mei... ling.
Me virei
Meiling: O que?
Matthew: Quero que use isso.
Ele estava segurando um colar com uma pedra de ametista. Comecei a rir.
Meiling: Roubou as joias da sua mãe, só pode. 
Matthew: Não... Só preciso que use isso, e não ouse tirar.
Nós dois ficamos sérios
Meiling: Por que?
Matthew: Você entenderá sozinha, na hora certa.
Ele colocou o colar em mim, e fomos andando juntos até onde foi possível. Eu estava começando a gostar desses "treinos".



Sábado (três dias depois)

Mi-cha estava curiosa pra saber da onde tirei aquele colar. Eu apenas havia dito que tinha achado enquanto arrumava minhas coisas. Eu não o tirava desde que Matthew me deu. Mas também, desde que Matthew me deu, eu tinha a sensação que algo ruim iria acontecer em breve, só não sabia o que. 
Era meio de tarde, e eu estava sentada numa arvore perto do rio, eu estava lendo Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Era uma tarde linda, e estava bem silenciosa. Eu estava usando uma blusa branca, um shorts bege, e uma sapatilha branca. Escutei passos, e quando olhei para baixo, era Matthew.
Matthew: Sabe o que eu nunca entendi? Como você não tem medo de tudo isso. Creio eu, que qualquer outra pessoa ficaria apavorada. Até por que, minhas asas não são iguais aos contos de fadas...
Sorri. Eu havia acabado de ler uma frase que combinava exatamente com tudo o que ele havia dito.
Meiling: Todos temos luz e trevas dentro de nós. O que importa é o lado no qual decidimos agir.
Ele pareceu ficar pensativo. Subiu na mesma arvore que eu, ficando de frente pra mim.
Matthew: Não sabia que gostava de ler.
Meiling: Existe muitas coisas sobre mim que você não sabe.
Não sei por que, mas comecei a relembrar algumas coisas que haviam acontecido comigo quando eu era pequena.
Matthew: Você que pensa.
Fiquei um pouco assustada, o que ele poderia saber afinal? A não ser que fosse ele que... Não. Aquele homem era muito mais velho. Matthew tinha a minha idade. 
Comecei a pensar na Mi-cha, ela estava realmente animada com esse tal de Angelo.
Matthew: Está pensando na Mi-cha de novo, não é?
Eu já havia contado tudo pra ele. Concordei com a cabeça
Matthew: Você devia parar de se preocupar.
Meiling: Eu sei, mas...
De repente, foi como se tudo ficasse escuro, como se as partes azuis dos meus olhos também tivessem ficado pretas. A unica coisa que eu podia ver era um beco. Eu conseguia escutar alguém gritando, provavelmente chorando. Era uma voz feminina, que vinha daquele beco, mas eu não sabia de quem, eu não sabia o que estava acontecendo. Desisti de tentar ver alguma coisa, e procurei me concentrar na voz. Era a voz de Mi-cha. Do nada, tudo voltou ao normal.
Matthew: MEI! Você está bem?
Meiling: Eu sim, mas Mi-cha não.
Eu estava com uma expressão preocupada, e depois que eu disse isso, Matthew ficou com uma expressão um pouco assustada, mas ele devia saber o que estava acontecendo.



Eu estava jogando futebol com meu melhor amigo, no bosque perto da minha casa. Aquele foi um dos dias mais divertidos da minha infância, eu acho. Eu nunca vi alguém chutar uma bola tão forte. Ela foi parar praticamente do outro lado do bosque, e eu tive que buscar. Quando eu cheguei, havia uma menina que parecia ter a nossa idade, agarrada na bola, e sentada na beira do rio. Ela parecia não ter notado a minha presença. Eu senti que conhecia aquela garota, só não me lembrava da onde. Procurei me aproximar para ver melhor seu rosto. Era a garota que meu pai havia salvo aquele dia. 
Matthew: Com licença...
Ela me ignorou.
Matthew: Pode devolver essa bola pra mim?
Pude notar que ela concordou com a cabeça, e em seguida, se levantou e jogou a bola pra mim, mas não me olhava. O cabelo tampava seus olhos, mas eu tinha quase certeza que ela estava chorando.




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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 2: Uma nova descoberta

Era de tarde, eu estava varrendo a casa, quando minha mãe apareceu do nada e mandou eu ir arrumar meu cabelo, pois nós iriamos sair.
Meiling: Vamos pra onde?
Mãe: Você precisa de uma roupa nova.
Ela não quis me contar o motivo, mas obedeci. Fomos até o centro da cidade e entramos numa loja. Ela começou a olhar as roupas, e ver se era o meu tamanho. Uma garota, que devia ter a minha idade, veio toda animada falar comigo.
Garota: Oi! Meu nome é Mi-cha, e o seu? Você tá fazendo compras né? Vem vamos fazer juntas!
Ela já saiu me puxando pelo braço, e minha mãe ao ver, nos seguiu. Passamos a tarde inteira juntas. Nunca vi uma garota tão animada como aquela. Pude ouvir a mãe dela perguntar para a minha o meu nome, mas Mi-cha começou a falar comigo, e só pude escutar a mãe dela dizer "Ah, entendo". Nos despedimos e voltamos pra casa.
Assim que chegamos em casa, minha mãe havia mandado eu ir comprar pão no mercado ali perto. Quando eu estava voltando, pude ver da esquina, uma ambulância saindo da minha casa. Esperei a ambulância sair para eu entrar na minha casa. Finalmente ela havia ido embora.
Meiling: VOLTEI!
Mas ninguém respondeu. Procurei pela casa inteira, mas ela não estava la. Eu fiz um sanduíche e comi, depois fui dormir. Quando acordei no dia seguinte, ainda não havia ninguém em casa. Porém quando fui ver a caixa de correio, ela tinha muitas cartas, eram dos vizinhos. Eu tinha sorte por já saber ler. Algumas diziam "meus pêsames", outras diziam "sinto muito por sua perda", outras até mesmo tinham dinheiro para mim. Foi então que havia entendido tudo. Minha mãe havia morrido. Aproveitei a oportunidade para olhar algumas coisas da minha mãe. Havia um papel com nomes de orfanatos, e um circulado em vermelho.
Alguns dias depois, encontrei Mi-cha e sua mãe no mercado. A mãe dela perguntou onde estava a minha, e eu apenas respondi
Meiling: Ah, ela morreu.
Ela se assustou.
Mãe de Mi-cha: Sinto muito pela sua perda, com quem você está morando agora?
Meiling: Não sinta. Não vale a pena. Estou morando sozinha.
Ela ficou pensativa, eu voltei a fazer minhas compras.
Mãe de Mi-cha: Ei, espere. E se eu te criasse? Você poderia morar comigo, com a Mi-cha...
Meiling: Sinceramente? Eu adoraria que você me criasse. Mas por favor, me deixe morando sozinha, naquela casa.
Ela ficou sem palavras. Eu ia me virar para poder voltar a fazer as minhas compras até que
Mãe de Mi-cha: Tudo bem... eu aceito.
Eu sorri, ela me abraçou. Aquilo era mesmo real? Tão fácil assim?
Ela pagou minhas compras e me levou pra casa dela, para eu conhecer o meu novo pai. A primeira coisa que ele fez foi perguntar o meu nome, mas eu disse que não sabia. Todos ficaram assustados novamente. A mãe de Mi-cha dava muita importancia ao significado dos nomes.
Mãe de Mi-cha: Por que não a chamamos de... Meiling?
Eu havia gostado do nome, e Mi-cha e seu pai também. Então agora era assim que eu me chamava, Meiling, mas as pessoas também podiam me chamar pelo meu apelido, Mei.


Eu havia acabado de acordar, dessa vez, meu despertador do celular tocou Mr.Taxi das SNSD. Eu admito que gosto de K-POP, mas também gostaria que Mi-cha parasse de colocar essas musicas para mim acordar. Poderia por algo mais como... Coldplay. Mas tudo bem, eu gostava do mesmo jeito. Desci para pegar algo pro meu café da manhã, na cozinha, e levei um susto com o que eu vi.
Matthew: Bom dia, agora vá logo se arrumar ou vai chegar atrasada. 
Ele estava sentado, tomando alguma coisa e lendo uma revista, na MINHA cozinha.
Meiling: COMO VOCÊ ENTROU AQUI?
Matthew: Eu achei que você ia me receber com algo mais... simpático, como um "bom dia", por exemplo.
Meiling: Você ainda não me respondeu.
Matthew: Bom, já que insiste, eu pulei o portão.
Comecei a rir.
Meiling: Isso é totalmente impos...
Quando eu olhei novamente para ele, havia enormes asas, uma branca e uma negra. Fiquei com os olhos arregalados.
Matthew: Surpresa...
Meiling: Da onde veio isso? Cara, na boa, você não é humano.
Comecei a me afastar
Matthew: Você não devia se assustar.
Meiling: Não magina, pra começar você já invadiu minha casa. Depois do nada cria asas? Que horas são afinal? Vou voltar pra minha cama. Eu devo estar sonhando, ou tendo um pesadelo, sei lá.
Eu me virei pra voltar pro meu quarto
Matthew: Bom, já que perguntou, são 06:08. E se você não for se arrumar vai se atrasar, pra você acordar essa hora, deve demorar muito pra se arrumar.
Meiling: O que você veio fazer aqui afinal?
Matthew: Achei que seria interessante ver essa sua cara de espanto. Até porque, você tem que se acostumar com isso de uma maneira ou outra.
Meiling: Me acostumar?
Matthew: Você também tem asas, só precisar aprender a usa-las. Tava pensando em te ensinar a voar hoje a noite, ia ser uma surpresa, mas acho que é melhor você já saber. E ai o que acha?
Eu realmente não sabia o que dizer.
Meiling: Eu vou ir me arrumar... Me espera aqui... Alias, se quiser, se não quiser pode sair, acho que já sabe o caminho.
Subi, e me tranquei na minha suite. Tomei um banho super rápido e procurei uma roupa pra vestir. Peguei uma outra calça jeans preta,  uma blusa com o ombro caído preta, com o desenho de uma coruja, e um all star de oncinha. Passei apenas um brilho labial e rímel. Não coloquei acessórios. Peguei minha mochila e celular, e desci correndo. Ele não estava mais lá. Suspirei. Assim até seria melhor, poderia ir colocando meus pensamentos em ordem. Sai e tranquei a porta.
Matthew: Ah, finalmente, achei que você tinha morrido la em cima.
Ele não me deu tempo de responder, foi logo me pegando no colo e levantando voo. 
Meiling: O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? ME POE NO CHÃO AGORA!
Já estávamos super alto. Provavelmente na metade do caminho.
Matthew: Tem certeza disso?
Ele começou a rir, ele estava mesmo gostando daquilo.
Meiling: Idiota.
Ele me colocou no chão um pouco antes de chegarmos na escola
Matthew: Vamos andando a partir daqui. Não queremos que ninguém veja dois alunos chegando voando na escola, certo?
Concordei com a cabeça. Eu ainda estava com duvidas sobre certas coisas. Resolvi puxar assunto, com a expectativa de não levar patadas.
Meiling: Eu... tenho mesmo asas?
Matthew: Tem.
Eu ia perguntar outras coisas, mas já vi que ia ser difícil, então fiquei quieta. 
Chegamos na escola, Mi-cha estava me esperando.
Mi-cha: UNNIE! Você nem vai acred...
Ela parou de falar quando viu Matthew.
Mi-cha: To vendo que arrumou um oppa...
Olhei para Matthew, percebi que ele não estava entendendo. Mi-cha começou a rir.
Meiling: Vamos logo pra sala, você me conta lá.
Matthew aproveitou a situação para falar com alguns garotos. Eu e Mi-cha subimos direto pra sala, e nos sentamos no mesmo lugar do dia anterior.
Mi-cha: Lembra ontem quando fomos embora?
Meiling: Aham
Mi-cha: Uns garotos começaram a me provocar, até que apareceu um outro garoto... O nome dele era Angelo. Ele fez todos os outros irem embora, e depois, sabe aquela lanchonete perto da minha casa? Ficamos ali conversando um pouco... ele tem 18 anos. 
Meiling: Você tem algum problema? Mal conhece o cara e já vai assim, pra uma lanchonete com ele?
Mi-cha: Mas agora, mudando de assunto... Por que você e Matthew vieram juntos hoje?
Como eu explicaria a ela? "Ah, é que ele invadiu minha casa, e depois ele me forçou a vir voando pra escola com ele, ah aproposito, ele tem asas, e provavelmente eu também.". Eu não poderia dizer isso a ela.
Meiling: Ele mora na rua atras da minha... acabamos nos cruzando e viemos juntos.
Mi-cha: Então agora você tem um oppa?
Ela começou a sorrir, parecia que ela estava feliz com isso.
Meiling: Não invente coisas...
O sino bateu. Matthew fez a professora deixa-lo fazer dupla comigo, pois ele havia "esquecido o livro". Se eu fazia algum exercício errado ele me xingava. Vindo dele, isso parecia normal.
Na hora do nosso ultimo intervalo, Mi-cha me obrigou a ir comprar chiclete com ela, eu fui. Ela começou a falar comigo, mas eu estava distraída, ainda pensando no que havia acontecido hoje.
Mi-cha: Mei? AAAAAAH ja sei! Você ta pensando no seu oppa né?
Meiling: Hã? Não! Nada disso! 
Mi-cha: Então... no que você estava pensando?
Meiling: Sei la...
Mi-cha: Você ta voando hoje né?
Meiling: Aham
Voltamos pra sala, Mi-cha pegou meu caderno e começou a desenhar pandas rosas. Aquela garota era doida, porém, era minha quase irmã mais nova. O sino bateu pouco tempo depois, a aula passou rápido até. A professora havia passado uma tarefa: descobrir o significado de seu nome. Sinceramente, parecia tarefa do primário. Quando acabou a aula, Mi-cha deu a ideia de irmos até a casa dela, já que a mãe dela havia dado o meu nome, ela deveria saber o significado dele. Concordei. Fomos conversando no caminho, até que um cara começou a chamar por Mi-cha, os dois se cumprimentaram com um abraço.
Mi-cha: Angelo! Que bom te ver!
Angelo: Também é muito bom te ver, Mi-cha!
Os dois ficaram conversando, e eu fiquei esperando. Eu conhecia muito bem Mi-cha, e sabia que ela era muito demorada nas conversas, resolvi cortar aquilo de uma vez.
Meiling: Mi-cha, eu não sou uma vela... E eu tinha planos pra essa tarde.
Ela me encarou e começou a rir.
Mi-cha: Ah sim... Angelo, essa é minha quase irmã, Meiling.
Angelo: Ah, muito prazer Meiling, eu sou o Angelo.
Ele sorriu.
Meiling: Prazer.
Fiquei séria. Percebi que ele havia ficado sem graça. Ficamos os três em silencio um pouco, até que Mi-cha resolveu se despedir logo.
Mi-cha: Bom, acho melhor nós irmos indo, até logo Angelo.
Angelo: Até Mi-cha, tenho certeza que iremos nos encontrar outras vezes também, Meiling.
Meiling: Claro.
Continuei seca e séria. Quando nos afastamos, Mi-cha começou.
Mi-cha: Por que foi tão seca?
Meiling: Sei la...
Sinceramente eu não sabia por que tinha agido daquela forma.
Mi-cha: Mas e ai... o que achou dele?
Elas estava animada e curiosa pra saber a minha resposta.
Meiling: Bom... ele é um cara muito atraente...
Mi-cha: Mas...?
Meiling: Não sei... acho que... sei la.
Mi-cha: Obrigada pela ajuda.
Meiling: Disponha.
Fomos andando em silêncio até chegar na casa dela. Quando entramos na casa, a mãe dela estava na sala, lendo.
Mãe de Mi-cha: Olhe quem chegou! 
Ela abraçou Mi-cha
Mãe de Mi-cha: Ah Meiling, como é bom vê-la também!
Ela veio me receber com um abraço
Meiling: Ooi!
Mi-cha foi deixar a mochila dela no quarto e a mãe dela foi pegar algo para nós comermos. Deixei minha mochila no sofá da sala, e fui para os fundos da casa. O pai dela estava lá, treinando as artes marciais, como sempre. Lembro que quando eu era pequena, eu passava muito tempo na casa dela, e gostava de observar o pai dela treinar. Um dia ele me viu espionando, e acabou me ensinando algumas coisas. Dessa vez não foi diferente.
Pai de Mi-cha: Ah Mei! Não tinha te visto.
Meiling: Oi... espero não estar atrapalhando.
Pai de Mi-cha: Não esta mesmo! Vem, quero ver se você se lembra do que eu te ensinei quando era menor.
Comecei a rir, mas fui. Ficamos lutando lá, mas sem força, pra não nos machucarmos. Até que notei que Mi-cha e sua mãe estavam nos observando. Não parei por causa delas. Quando terminamos, elas nos aplaudiram. Eu, Mi-cha, e sua mãe, fomos para a sala. Resolvi perguntar logo de uma vez, estava louca pra ir pra minha casa.
Meiling: Nossa professora pediu para nós procurarmos o significado do nosso nome... Mi-cha sugeriu que, como foi você que deu o meu nome, você poderia saber...
A mãe de Mi-cha se levantou, foi até uma das prateleiras e pegou um livro. Ela abriu numa pagina e falou que ali estava a resposta. Peguei meu caderno e comecei a anotar.
"Confiança e lealdade é o que se pode esperar da pessoa cuja personalidade é marcada pelo número 4. Alguém que não admite superficialidade e covardia. Muito produtiva e eficiente, faz de sua bandeira a prudência e a disciplina. Com os pés no chão, não se deixa levar por nada que se mostre leviano ou propostas sedutoras demais."
Depois que anotei, fiquei mais alguns minutos e resolvi ir embora. 
Eu estava com fones, escutando musica no meu celular. Eu senti que alguém estava me seguindo. Pausei a musica e comecei a olhar pra todos os lados. Não havia ninguém.
Meiling: Matthew?
Ninguém respondeu ou apareceu. Coloquei os fones e liguei a musica novamente, e voltei a andar. 
Quando cheguei em casa, tomei outro banho e coloquei pijama. Eram 16:42, e eu estava deitada no sofá da sala vendo televisão. Eu estava quase dormindo, quando alguém começa a me chamar.
Matthew: Isso não é hora de dormir.
Eu levei um susto.
Meiling: JÁ FALEI QUE NÃO QUERO VOCÊ INVADINDO A MINHA CASA!
Matthew: To vendo que se assustou...
Eu realmente não sabia o que fazer para expulsa-lo.
Meiling: Ta esperando o que? VÁ EMBORA!
Matthew: Bom, eu esperava que você fosse chegar mais tarde, então nós iriamos treinar... Mas já que isso não aconteceu, e ainda não é noite, que tal você fazer a janta, esperamos até ficar tudo escuro e então vamos?
Meiling: Não.
Matthew: Bom, eu não vou sair daqui.
Ele estava falando sério.
Meiling: Ótimo. O problema é seu.
Deitei no sofá novamente. Ele foi pra cozinha.
Eu estava quase dormindo de novo, quando comecei a escutar armários abrindo e se fechando. Eu queria ignorar, mas não consegui. Me levantei e fui ver.
Matthew: Ah, chegou na hora. A janta já esta pronta.
Meiling: Hã?
Matthew: Vamos, sente-se.
Meiling: Eu não janto.
Matthew: Depois se passar fome durante o treino não reclame.
Meiling: Eu já disse que não vou pra esse treino.
Matthew: Vamos ser sinceros, nós dois sabemos que você vai.
Ele estava me perturbando o dia todo. Eu sabia onde isso iria acabar. Resolvi fazer aquilo de uma vez. Jantei. Olhei na janela e estava ficando escuro.
Matthew: Se você vai demorar pra se trocar já devia estar se arrumando.
Meiling: Por que eu concordei com isso mesmo?
Ele ignorou a pergunta. Fiquei esperando uma resposta, mas ele não deu. Fui logo me trocar. Fiquei enrolando até ficar escuro. Sai do quarto e ele estava me esperando.
Matthew: Achei que tinha morrido la dentro.
Revirei os olhos. 
Matthew: Vamos?
Concordei com a cabeça. Tranquei a casa e fomos apé até um pequeno bosque que havia perto de nossas casas. Eu ia lá as vezes, mas nunca via ninguém lá. Eu achava que era a unica que sabia daquele lugar. 
Quando olhei pra ele, Matthew estava com asas. As mesmas asas enormes, uma branca e uma negra, de hoje cedo.
Matthew: Agora pense numa lembrança feliz, e depois nas suas asas.
Nas minhas asas... aquilo não era uma coisa que se ouvia todo dia. Obedeci, eu realmente achava que nada ia acontecer, mas aconteceu. Grandes asas brancas e brilhantes apareceram nas minhas costas. 
Matthew: Eu sabia.
Fiquei sem entender.
Matthew: Agora temos que treinar seu voo. Voar é que nem andar, só que você estará no ar. Tente.
Meiling: Belo jeito de ensinar.
Tentei. No começo fiquei bem próxima do chão. Até que consegui ir cada vez mais alto e fazer alguns círculos no céu. 
Meiling: Só quero tentar uma coisa.
Sai correndo e pulei. Sim, eu consegui voar, eu estava super rápida  contornando as arvores. Matthew não conseguia me acompanhar.
Meiling: Você devia ser um exemplo. Como eu, que nunca fiz isso, sei voar melhor que você? Seu lerdo. Corra.
Fiquei sentada num dos galhos de uma arvore, esperando. Quando ele se aproximou eu voltei a voar rápido. Dessa vez ele conseguiu me acompanhar. Ficamos voando por muitas horas. Quando estava um pouco tarde, resolvemos voltar. Voltamos a pé.
Matthew: Não esqueça que amanhã vamos treinar de novo, mas dessa vez, outra coisa.
Fiquei curiosa. Me despedi e voltei pra casa. Coloquei meu pijama novamente e dormi profundamente. Eu estava cansada, mas aquilo havia sido muito divertido.



Alguns dias depois, a noite, meu pai falou para eu nunca esquecer que eu devia dar prioridade ao meu lado "bom", e que eu devia ser próximo daquela garota que ele havia salvo. Eu não entendia o motivo dele me dizer tudo aquilo. Ele saiu, e eu resolvi o seguir. Ele foi na casa daquela garota, mas ela não estava la. Ele chamou ambulâncias  e depois matou uma mulher que havia la. Fiquei assustado, mas sempre acreditei que meu pai nunca faria nada de mal a alguém, então não me preocupei muito. Em seguida ele foi para um lugar bem longe, era um lugar estranho. Um homem estava la, aparentemente a espera de meu pai. Eu fiquei espiando.
Pai: Mestre... A mãe da garota morreu.
Mestre: Ah... sim... eu já soube.
Eles ficaram alguns segundo em silencio. Meu pai estava ajoelhado em sua frente.
Mestre: Agora me diga... ela morreu de forma natural... ou foi assassinada?
Meu pai o encarou. Ele ficou pálido. Se levantou
Pai: Eu fiz o que devia ser feito, Azazel.
Azazel: Você estragou meus planos. Nada mais justo... do que eu estragar os seus.
Ele o atacou. Meu pai mal conseguia se mexer. Do nada, Azazel pegou uma adaga de prata e enfiou em seu peito. Eu vi meu pai morrer. Voltei pra casa o mais rápido possível. Eu não queria mais ver nada.


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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Anjos Caídos - Azazel/Angelo



Nome: Angelo
Nome verdadeiro: Azazel
Idade: 18
Idade verdadeira: 587
Sobre sua  pessoa: Azazel finge ser Angelo, para tentar se aproximar da abençoada. Azazel é um anjo das sombras completo. Seu objetivo é conseguir o poder que as pessoas abençoadas tem, seja por bem ou por mal. Ninguém sabe se alguém que lutou contra ele um dia, conseguiu sobreviver.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 1: Um começo

Eu não estava conseguindo dormir direito. Nossa casa tinha dois andares, e era bem grande até. Meu quarto tinha uma sacada. Resolvi levantar da cama e ver como estava a noite. Ah, a noite, como era linda. Sempre gostei da noite, é tão calma e misteriosa... Mas o fato de só poder observa-la dali, daquela sacada, me irritava. Eu queria poder ver além dali. O portão da nossa casa era baixo, eu era acostumada a ficar pulando em vez de abri-lo para ir ao mercado que tinha ali perto. Pensei que pular a sacada seria a mesma coisa. Era óbvio que eu tinha noção da altura, mas sempre pensei que nada poderia acontecer, afinal, mesmo eu tendo uma noção maior das coisas, do que as outras crianças da minha idade, eu era apenas uma criança. 
Eu resolvi pular. Eu cairia no jardim na parte de trás da casa, e então pularia o portão e iria passear um pouco.  Coloquei uma blusa, bermuda, e tênis, eu não tinha outra coisa mesmo. Comecei a subir a parte de madeira que tinha, até que eu consegui ficar em cima. Pulei. Nunca senti tanto desespero na minha vida. Eu sabia que era alto, mas não achava que era tanto. Eu senti meus olhos se enchendo de lagrimas. Eu tinha me arrependido completamente de ter feito aquilo, uma lagrima começou a escorrer, quando senti alguém me segurando. Não me importava quem era, mas me agarrei na pessoa, eu estava desesperada.
Eu ainda não tinha visto quem era, até que ele me colocou no chão. Mais precisamente de volta na minha sacada. Fiquei observando. Era um homem, e tinha asas. Asas como as de um anjo, mas não como as que as histórias contam. Além de grandes, uma era branca e outra era negra. Ele se abaixou e enxugou minha lagrima. Aquele homem era um completo desconhecido para mim, porém, era como se eu sentisse uma energia positiva vindo dele.
Desconhecido: Nunca mais faça isso... Yoko.
Concordei com a cabeça, logo em seguida, ele me abraçou. 
Desconhecido: Agora, coloque novamente seu pijama e vá dormir. Você precisa descansar.
Novamente concordei com a cabeça e sorri. Eu estava indo fazer o que ele havia mandado, até que escutei ele repetir aquele nome novamente, como se eu fosse a pessoa, como se ele estivesse me chamando. 
Desconhecido: YOKO!
Mesmo eu não sabendo se era comigo, me virei novamente para ele.
Desconhecido: Não fale para ninguém que eu estive aqui. Nem do que aconteceu.
Não entendia o porque, mas concordei com a cabeça. Eu iria obedecer.


Acordei com meu despertador do celular tocando Beep Beep das SNSD. Eu ia desligar e voltar a dormir, até que me lembrei que era meu primeiro dia de aula. Ia começar tudo de novo. Desliguei e levantei. Cai na cama de novo.
Meiling: Que saco.
Fiquei uns cinco minutos ali, até que resolvi levantar de novo. A primeira coisa que resolvi fazer foi ligar meu aparelho de som. Fui ver um dos CDs que eu havia comprado durante as férias, acabei escolhendo um que eu mesma havia gravado. Coloquei pra tocar, a primeira musica era Johnny B Good do Chuck Berry, só não coloquei no máximo pra não incomodar os vizinhos, mas que ficou alto ficou. 
Tomei um banho bem rápido. Uma coisa que eu gostava naquela escola, era da diretora. Ela deixava nós usarmos a roupa que quiséssemos. Isso mesmo, sem uniforme. A unica coisa que tínhamos que fazer, era usar um crachá pela primeira semana de aula, depois só precisaríamos usar em passeios da escola. A escola era totalmente protegida, era uma das mais caras da cidade. Tinha seguranças nos portões, no estacionamento, e em alguns outros lugares. 
Sai do banho vestindo meu roupão e chinelo, e fui em direção ao meu armário. Mi-cha havia me obrigado a comprar roupas novas pro primeiro dia de aula, mesmo eu dizendo que estava feliz com as minhas. Ela havia dito que se eu não comprasse, ela mesma compraria e viria aqui só para me fazer vestir. Então eu comprei uma calça jeans preta, uma blusa branca e um corpete preto, e claro, o que eu comprava todos os anos sem falta, um all star preto de cano alto. Eu simplesmente amava, alem de nunca sair de moda, combinava com quase tudo. 
Me vesti, peguei o meu crachá e coloquei numa parte da blusa. Fui arrumar meu cabelo, escovei bem. Coloquei brincos de argola prateados, e passei um gloss rosa, mas não muito forte. Passei rímel e lápis, e peguei minha mochila. Era simples, de costas, xadrez, preta e branca. Quando eu a comprei, a Mi-cha tratou de logo comprar bottons personalizados pela internet pra eu colocar na mochila. Ela dizia que ficava muito simples. Ela me deu um do elefante de Paradise, um com a logo do Amor Doce, um escrito I <3 ROCK e outro escrito I <3 KPOP. Ela tinha razão, deixava a mochila bem mais bonita. 
Eu já havia arrumado a mochila no dia anterior. Desliguei o aparelho de som, peguei a chave do portão, o qual a mãe de Mi-cha havia mandado trocar por um enorme, para que eu ficasse protegida, já que eu me recusava a morar com ela. Desci, levei um susto com o sol, então peguei meus óculos de sol que eu havia deixado na mochila. Tranquei a porta de casa, e depois que eu sai, o portão. Um dos meus vizinhos era um idoso, ele tinha um dálmata muito fofo. Toda vez que aquele cachorro me via, ele pulava em cima de mim. Eu estava saindo quando o meu vizinho, que estava voltando de um passeio com o dálmata me viu. Eu me abaixei para fazer carinho no cão, e depois cumprimentei o vizinho.
Vizinho: Bom dia Mei! Começou as aulas?
Meiling: Bom dia! Começou sim, primeiro dia é hoje.
Vizinho: Então corre garota. Vai chegar atrasada logo hoje?
Meiling: Ah, normal.
Eu comecei a rir, e ele também. Me despedi com um abraço no dálmata, e depois nele, e então voltei a seguir meu caminho pra escola. Para entrar na escola, precisávamos mostrar nossas carteiras de estudantes que eram entregues assim que fazíamos ou refazíamos a nossa matricula. Mostrei a minha e o segurança me deixou entrar. Fui procurar minha sala, olhei lista por lista de alunos, quando achei a minha, percebi que a sala estava vazia. O sino tocou. Eu tinha esquecido que primeiro tínhamos que ir para o teatro e depois para as salas. Fui correndo para o teatro, quando cheguei la a diretora já estava falando. Todo mundo estava em silencio. Droga de porta, por que tinha que fazer tanto barulho?
Diretora: Ah, Mei, você até chegou rápido hoje, comparando com os outros anos.
Isso fez todos rirem, inclusive eu
Meiling: Pois é, eu tava tentando ser aluna exemplar né, acho que não deu certo.
Ela começou a rir. Eu era muito amiga da diretora, até por que eu ia muito pra sala dela quando era menor. Nunca havia mudado de colégio. Ah, por que eu ia muito pra sala dela? Por que as outras garotas me provocavam por que eu tinha uma opinião diferente da delas sobre as coisas, e acabava em briga.
Procurei a Mi-cha com os olhos, ela estava guardando meu lugar. Era fácil avistar ela. Ela estava usando uma blusa rosa clara, uma saia de babados cintura alta branca, e um sapato plataforma branco. Ela estava com as unhas quadradas, rosa com francesinha branca, e as minhas quadradas e pretas. Ela estava usando um brinco e anel dourado, e usava uma tiara de laço, também rosa. Quem via, achava ironia. Eu, praticamente toda de preto, e ela toda de rosa, eu só falava com ela, e com os outros só se viessem até mim, e ela fazia amizade fácil com todos.
Coloquei minha mochila no colo, e ela arrancou de mim para ver os bottons. Ela ia falar algo, mas a diretora começou a falar algo sobre o ano passado.
Diretora: Vamos tentar não repetir alguns acontecimentos passados. E muito menos fazer experiencias durante o recreio. Não concorda Senhorita Mei?
Os veteranos começaram a rir, enquanto os novatos não entendiam.
Meiling: Concordo plenamente com a Senhora.
Todos riram novamente.
Mi-cha começou a sussurrar pra mim
Mi-cha: Como que você consegue falar assim com os professores e tal? Sério, eu não consigo.
Meiling: Costume.
O sino tocou e a diretora mandou nós irmos para as salas. O corredor estava totalmente cheio, era quase impossível de andar. A Mi-cha estava quase se perdendo, até que eu a puxei para um canto
Mi-cha: Quer matar aula é?
Meiling: Pra falar a verdade quero... Mas não vou fazer isso. Vamos esperar esvaziar um pouco.
Ela concordou com a cabeça. Quando começou a esvaziar, nós voltamos a tentar entrar na nossa sala. Já que eu já tinha ido direto pra sala quando eu havia chego, eu já sabia onde era. Olhei no relógio do meu celular, estava quase na hora de bater o próximo sino. Eu estava distraída até que a Mi-cha tropeçou e caiu em cima de mim, e acabei me segurando na primeira pessoa que estava na minha frente.
Meiling: Ah, foi mal.
Ele se virou
Matthew: Você devia olhar pra onde anda.
Meiling: Pensando bem, retiro o que eu disse.
Puxei Mi-cha pelo braço, e o empurrei mais uma vez. Consegui abrir caminho e finalmente chegamos na sala. Eram cinco carteiras por fileira. Mi-cha gostava de ficar no meio e no canto, e eu no fundo, então ela sentou na terceira carteira e eu na quarta, na fileira que ficava na parede da janela. Coloquei minha mochila em cima da minha carteira, torcendo pra ninguém sentar atrás de mim, pois então colocaria ela ali. Eu e Mi-cha ficamos conversando até chegar o resto dos alunos. Matthew chegou e se sentou atrás de mim. Tantas pessoas, porque logo ele? 
Pouco tempo depois chegou o resto dos alunos. A professora se apresentou, e pediu para mim entregar uns papeis. Ela falou que havia esquecido de pegar outros bilhetes que a diretora havia pedido para que os professores nos dessem, então ela foi buscar. Comecei pela minha fileira. Quando fui entregar para Matthew, percebi que ele estava mexendo nos bottons da minha mochila. Pisei no pé dele.
Meiling: Sua mãe não lhe ensinou a não mexer no que não é seu?
Matthew: E a sua nunca lhe ensinou a não pisar no pé dos outros?
Falar sobre os meus verdadeiros pais me irritava profundamente. Eu ia dar continuidade a briga, até que Mi-cha pediu para eu me acalmar.
Mi-cha: Unnie... agora não...
Respirei fundo, ignorei o que Matthew havia dito, tirei a minha mochila de perto dele e voltei a entregar. 
O resto do dia foi bem chato, os professores só ficaram dando avisos. Olhei no relógio, eram 15h, na mesma hora que olhei, o sino bateu. A diretora sempre dizia que já que ela praticamente deixava nós livre para fazer quase tudo o que quiséssemos,  nós devíamos nos esforçar ainda mais nos estudos, para fazer aquilo valer a pena. De certa forma, eu concordava com ela. 
Eu e Mi-cha morávamos em direções opostas. Nos despedimos e cada uma foi pro seu lado. Eu gostava de ir apé.
Eu estava na metade do caminho, quando olhei pra trás, Matthew estava lá, fazendo o mesmo caminho que eu. Por que ele?
Meiling: Você tá me seguindo?
Matthew: Eu moro atrás da sua rua. 
Eu nunca havia percebido aquilo antes.
Meiling: Ah...
Voltei a seguir meu caminho, até que ele veio do meu lado.
Matthew: Nunca percebeu é? Eu moro ali desde que eu nasci.
Desde que ele nasceu... que nem eu. Acabei tentando puxar papo, e ele me dando patadas. Quando cheguei na minha rua, só disse tchau. Eu não olhei pra trás, mas torci para que ele tivesse continuado o caminho.


Meu pai sempre dizia pra mim que, não era porque eu já havia nascido com uma asa sombria e uma asa branca, que eu devia dar prioridade a asa sombria. Ele sempre dizia que isso iria me ajudar no futuro. Eu nunca soube como. 
Eu e meu pai estávamos voando. Eu tinha quatro anos, e ainda estava aprendendo. Meu pai sempre me ensinava tudo o que podia, e em noites como aquela, nós saiamos pra passear e treinar o meu voo. Passamos na frente de uma casa, tinha uma menina da minha idade pulando a sacada. Meu pai mandou eu me esconder, eu obedeci e fiquei assistindo a cena. Ele a segurou no colo. Aquela garota estava desesperada. Ela ficou observando-o. Mas o que eu realmente queria saber, é como ele a conhecia. Ele a chamou de Yoko. Quando estávamos voltando, perguntei quem era ela, como ele a conhecia. Ele disse que ela era uma abençoada, e que me explicaria isso outra hora, e também disse que aquela seria minha melhor amiga, e talvez até algo a mais. Aquilo seria mesmo possível?


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