domingo, 31 de março de 2013

Anjos Caídos - Especial de pascoa 2013

Nota: Acho que todos já sabem, mas não custa avisar de novo. Os especiais NÃO interferem na história normal. Se eu estou fazendo especial de pascoa agora, e na história normal estão na época de natal (isso é apenas um exemplo), a história não muda.



Era pascoa, e acordei as dez horas da manhã. Eu ainda estava meio sonolenta, então fiquei um tempo sentada na cama, olhando pro nada. Quando eu já estava realmente acordada, percebi que tinha um ovo de pascoa de diamante negro no meio do meu quarto. Me levantei para busca-lo, acabei sentando no chão e coloquei ele no colo. Comecei a procurar um nome, um cartão, ou qualquer outra coisa que pudesse me ajudar a descobrir quem teria colocado aquilo ali. Poderia ser tanto Mi-cha quanto Matthew. Mi-cha sabia que eu amava diamante negro, e ela poderia ter entrado na minha casa de madrugada. Eu não sei se Matthew sabia que eu gostava de diamante negro... E nós tínhamos brigado feio naquela semana.
Respirei fundo, arrumei minha cama e depois coloquei o ovo em cima da cama. 
Tomei um banho e vesti outro pijama. Era um dia frio, peguei uma coberta e sentei numa das cadeiras da minha sacada, me cobri. Fiquei analisando o nada, pensando em alguma coisa.
Levantei e fui até a cozinha, peguei uma faca e voltei pra sacada. Dessa vez fiquei em pé, e pensando se eu devia mesmo fazer aquilo. Se alguém visse, iria pensar que eu ia me matar, mas na verdade eu só estava pensando em tirar aquele colar. Ele devia ter feito uma mandinga pra eu realmente nunca tirar aquele negócio. Não conseguia tirar nem puxando por cima da cabeça, e nem arrebentando. Muito menos desfazer o nó que ele fez. Cortar era minha ultima opção.
Lagrimas começaram a encher meus olhos, e comecei a lembrar de tudo o que tinha acontecido para resultar na briga.

-FLASHBACK-
Eu tinha parado de treinar como eu treinava antes por causa das provas, mas depois que as provas acabaram eu acabei me afastando. Eu sabia que treinar era importante, fiquei uma semana sem treinar. Como eu estava ainda começando, acabei perdendo um pouco da pratica que eu estava ganhando. Na semana seguinte eu resolvi voltar a treinar, fui até o bosque. Eu estava começando a me concentrar, quando alguém me atacou. Eu não sabia quem era, só vi um vulto. E vi de novo e de novo, e a cada vez que esse vulto passava por mim, ele me atacava. Eu me sentia fraca, estava caída no meio do bosque, e tinha um corte no meu braço que não parava de sangrar. Nunca senti tanta dor. Comecei a chorar ali mesmo, e então algo atingiu o vulto, só consegui vê-lo virar pó. Matthew apareceu do nada, e ficou me encarando. Estava segurando um livro, mas não parecia ser de magia. Um livro normal. 
Ele não parecia aprovar o que estava vendo. Estava irritado.
Falou num tom baixo.
Matthew: Eu avisei.
Eu ia me desculpar.
Meiling: Eu... Me des...
Ele não deixou eu terminar.
Matthew: EU AVISEI. E SE EU NÃO ESTIVESSE AQUI? VOCÊ ENTENDE ISSO? ENTENDE QUE EU NÃO POSSO FICAR ATRÁS DE VOCÊ SEMPRE? ENTENDE QUE EU NÃO TENHO A OBRIGAÇÃO DE TE PROTEGER? VOCÊ TEM QUE APRENDER A SE CUIDAR DE UMA VEZ. MAS VOCÊ NÃO SE AJUDA.
Eu me levantei.
Meiling: EU SEI ME CUIDAR SOZINHA! EU NÃO PRECISO DE VOCÊ.
Ele deu uma risada sarcástica, e depois ficou me encarando. Ele parecia me analisar de cima a baixo. Ficou olhando meu braço por um tempo, então se virou e foi embora, me deixando sozinha ali. 
Sentei no chão do bosque, e comecei a chorar de novo. Agora, eu não sabia se era por causa da dor que eu sentia, ou por causa da briga. Nunca brigamos assim. Olhei para o meu pulso, e ele também estava sangrando muito.
-FLASHBACK-

Olhei para o meu pulso e braço, os dois ainda estavam enfaixados.
Com uma das mãos puxei a pedra do colar, fazendo com que a "corda" do colar se esticasse o máximo possível. Respirei fundo. Quando eu aproximei a faca da "corda", alguém segurou meu pulso, me impedindo de cortar. Esse mesmo alguém, colocou sua mão sobre a minha (a mão que segurava a pedra). Eu sabia que era Matthew. Fiquei ali, quieta, imóvel  Ele começou a apertar meu pulso, para fazer com que eu soltasse a faca. Aguentei até onde pude. A faca caiu no chão, e ele empurrou com o pé para que caísse embaixo da sacada. Eu continuei parada e em silencio. 
Uma lagrima começou a escorrer pelo meu rosto. Abaixei a cabeça, fiquei encarando o chão. 
Matthew me soltou de vez, eu ia sair correndo dali, mas ele me abraçou por trás. Senti meu rosto corar. Fiquei um pouco assustada, não sabia que Matthew tinha um lado sensível. Ele deu um pequeno beijo na minha bochecha. Agora eu tinha certeza que eu parecia um cosplay de tomate. Logo em seguida ele sussurrou em meu ouvido.
Matthew: Feliz pascoa.
Falei num sussurro, com a voz tremula.
Meiling: Fe... feliz pascoa.
Agora eu sabia quem tinha me dado aquele ovo.



TENHAM UMA BOA PASCOA! :33


Perdeu o capitulo 1 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 2 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 3 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 4 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 5 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 6 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Para acessar o dicionario de Anjos Caídos clique aqui.

sábado, 23 de março de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 6: Acontecimentos

Eu estava no centro do bosque. Exatamente no centro. Eu não entendia porque eu estava ali, mas de repente tudo ficou escuro, e do nada um tipo de portal surgiu, dando origem a mais dois. Eu fiquei esperando algo acontecer, talvez eu estivesse esperando algo sair deles ou coisa do tipo, mas nada aconteceu. Resolvi entrar em um. Escolhi o do meio, só precisei encostar minha mão nele, para que imagens começassem a surgir, formando uma cena. A cena que se formava era de quando eu pulei a sacada, e um ser com magnificas asas me salvou. Porém, dessa vez eu não era salva. Eu cai e quebrei minha perna esquerda e meu braço e pulso direito, e minha cabeça estava sangrando. Eu me arrastei   até a parte de baixo que tinha em baixo da minha sacada, era possível ver o rastro de sangue que eu formava. Fiquei lá em baixo, morrendo. Ver aquela cena se tornou agoniante, então me afastei do portal. Eu queria ir embora, mas quando eu me virava para ir embora, os portais me cercavam. Cheguei a conclusão que um dos portais era a saída, então entrei no segundo portal. Dessa vez a cena que passava era do incêndio no meu aniversario. Eu podia sentir o fogo por todo o local, queimando tudo. Dessa vez, toda a casa já estava pegando fogo, mas somente depois de uma meia hora os bombeiros chegaram. Eu pude ver meu corpo sendo levado, ele estava sobre uma maca. Eu me afastei, com ainda mais medo. Meu coração batia rápido. 
Meiling: Finalmente, este é o ultimo. Com certeza é a saída!
Então eu pude ver o dia que eu quase fui atropelada, ou de acordo com aquele portal, o dia que eu morri. Na mesma hora que eu me levantei, um carro bateu em mim, me fazendo voar para o meio da rua, e outros dois carros baterem. Várias pessoas ficaram em volta de mim, mas eu já estava morta.
Sai do portal, eu achei que agora eu poderia ir embora, mas quando tentei sair, os portais começaram a girar em torno de mim, cada vez mais rápido  e eu não estava mais no bosque, eu não sabia mais onde estava, comecei a chorar. 
Acordei, suada e desesperada.



Era quarta-feira, e tudo ia bem. Era aula vaga, porém, a coordenadora ficava de olho na nossa turma, pois eramos uma turma muito grande e ela via problema nisso, então não nos deixava fazer nada. Era uma injustiça, mas ela sabia que nós fazíamos bagunça. Quando ela pegava, dava um enorme sermão e chamava a diretora, que nos defendia. Então, para evitar a briga, nossa turma fez um acordo: quando tivesse aula vaga, colocaríamos o lixeiro perto da porta, e sempre iriamos ali, fingir que íamos apontar o lápis ou jogar um papel fora, somente para ver se a coordenadora estava vindo. Se estivesse vindo, falaríamos para o líder da sala, que chamaria a atenção da turma, se a coordenadora perguntasse porque ele estava gritando, ele diria que estava brigando com a turma por algum motivo. O plano só falhava quando alguém esquecia de avisar, ou tentava se virar sozinho. 
Mi-cha estava falando com algumas garotas no fundo da sala, mas como eu não me dava muito bem com as outras, fiquei apenas encostada numa mesa, mexendo no meu celular e escutando a conversa. Alguns meninos estavam jogando no fundo da sala também, no outro lado, enquanto os outros estavam apenas conversando ou mexendo em seus iPads. Um deles foi jogar seu papel de bala no lixo, e logo saiu correndo para falar com o líder de sala. Eu me toquei na hora e avisei as meninas. As outras não se importaram muito, e só foram se sentar depois que Mi-cha foi também. Foi bem rápido, e não precisamos fingir estar levando uma bronca, então fingimos estar com tédio. Mi-cha sentou de lado, se encostando na parede, Matthew começou a mexer no meu cabelo, e eu sacudia a cabeça para ele parar, o que não deu muito certo. Mi-cha começou a rir baixinho daquela cena.
A coordenadora foi apenas até a porta.
Coordenadora: MI-CHA!
Mi-cha se virou para ela, esperando que ela dissesse o que queria.
Coordenadora: ONDE ESTÁ MI-CHA?
Mi-cha levantou a mão
Mi-cha: AQUI!
A coordenadora foi até Mi-cha e falou num tom mais baixo
Coordenadora: Um moço chamado Angelo está aqui, e gostaria de vê-la.
Mi-cha tentou disfarçar sua expressão assustada com uma expressão de surpresa. Eu fiquei apenas observando, tentando não reagir. Percebi que Mi-cha ficou sem uma resposta por um tempo.
Mi-cha: ... Poderia avisa-lo que agora não posso falar com ele?
A coordenadora não pareceu satisfeita, com a resposta. Provavelmente Angelo, ou melhor, Azazel, havia a perturbado muito para tentar tirar Mi-cha da "aula". 
Esperamos um pouco, e a sala voltou a ser a bagunça de antes, mas Mi-cha ficou diferente. Ela parecia pensativa e preocupada. Tentei distrai-la.
Chamei ela, num tom de preguiça.
Meiling: Mi-chaaaaaaaaaaaaa!
Mi-cha: Hã?
Meiling: To com sono. to com fome. to com preguiça. to com sei lá.
Eu estiquei meus braços na minha mesa.
Mi-cha: Ah você ta com sei lá? E o que seria estar com sei lá?
Meiling: Sei lá.
Ela já parecia estar agindo normalmente novamente. 
O sino bateu, e o professor entrou na sala, ficou uns 10 minutos chamando a nossa atenção e zoando um pouco com a gente, depois ele começou a explicar a matéria. Ele queria atenção total pois aquilo era fundamental, de acordo com ele.
Eu estava encostada na parede com o caderno no colo fazendo algumas anotações sobre a matéria, quando percebo que algo pousou dentro do meu penal. Comecei a mexer nele, até que achei um papel bem dobrado. Tirei o papel do penal, e coloquei no colo, junto com o caderno. Quando o professor parou de pedir para nós anotarmos, comecei a desdobrar o papel, que dizia: "saiam pelos fundos". Discretamente, concordei com a cabeça, amassei o papel e coloquei no penal. 
Aquela era a ultima aula, e pouco tempo depois o sino bateu. Fiquei enrolando um pouco pra guardar meu material. Acabou que eu e Mi-cha eramos as ultimas dentro da sala. As serventes estavam nos esperando. Antes de descermos, achei melhor avisar Mi-cha.
Meiling: Vamos pelos fundos.
Ela apenas concordou com a cabeça.
Saímos. Resolvi acompanha-la até sua casa, para garantir que nada acontecesse. Acabou que ela me forçou a entrar, mesmo eu dizendo que não. Ela queria mostrar o que estava aprendendo. Ela queria lutar comigo, então resolvi pegar leve. Ela não sabia dar os golpes direito, mas tinha muita força. Acabou que eu estava lutando com a minha força normal, e perdi pra ela. Ela não era a melhor, mas tinha uma grande força.
Fiquei mais um pouco com ela, e fui embora. Sempre atenta, para ter certeza que eu não estava sendo seguida.
Quando cheguei, fui direto tomar um banho e depois fui treinar um pouco. 
Só depois que eu cheguei no bosque, que eu percebi que hoje Matthew não havia me seguido ou coisa do tipo. Eu estava completamente só. 
Me aproximei do lago, e respirei fundo.
Pensei em voz alta
Meiling: Vamos lá Mei... É só se concentrar.
Fechei os olhos, e estiquei minha mão sobre o lago. Resolvi treinar com o elemento água  pois era o que tinha menos probabilidade de eu machucar alguém.
Meiling: Crystal Aq...
Não consegui terminar o feitiço, alguém me puxou pelo braço e me jogou no chão. Demorou alguns segundos para eu entender o que estava acontecendo.  Quando eu estava tentando me levantar, fui arrastada até a borda do lago, alguém estava tentando me afogar. Pude ver o reflexo na água, era Matthew. Eu sabia que eu tinha prometido confiar nele, mas ele estava tentando me afogar.
Ele me segurava forte, estava começando a me machucar. Eu consegui fazer com que ele me soltasse, e o chutei com força suficiente para ele cair na água. Abri minhas asas e voei pra dentro do bosque. Quando eu achei que estava numa distancia o suficiente, escondi as asas e me encostei numa arvore. Fiquei relembrando a cena. Uma lagrima começou a escorrer pelo meu rosto.
Pude escutar alguém falar comigo
Alguém: Não chore.
Comecei a olhar por todos os lados.
Alguém: Ei! Não chore. 
Quando eu percebi, tinha um homem na minha frente, me impedindo de fugir. Não era Matthew. Eu o conhecia, mas não sabia seu nome. Ele me obrigou a olhar em seus olhos.
Alguém: Não chore... apenas... olhe para mim. Olhe em meus olhos.
Seus olhos começaram a ficar negros. Eu estava começando a ficar tonta, percebi que ia desmaiar. Pude ouvir uma risada sombria, e então eu realmente desmaiei. 



Era de madrugada. Abri uma das gavetas que tinha dentro do meu armário e peguei uma foto. Sentei no chão do meu quarto, me encostei na parede. A luz da lua iluminava parte do local. Comecei a olhar a foto. Minha mãe havia tirado aquela foto quando eu e meu pai fomos treinar, no fim da tarde. Foi a ultima foto que tiramos. 
Eu disse para mim mesmo
Matthew: Pai... eu prometo. Eu vou protege-la... Eu vou protege-la por você pai!
Comecei a chorar. Eu odiava chorar, sempre achei que me fazia parecer fraco.
Acabei dormindo ali mesmo, sentado e segurando a foto.





Perdeu o capitulo 1 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 2 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 3 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 4 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 5 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Para acessar o dicionario de Anjos Caídos clique aqui.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Anjos Caídos - Nick

Queria muito usar esse gif e não achei sem legenda T_T

Nome: Nick
Apelido: nenhum
Idade: 21
Sobre sua pessoa: É um dos servos de Azazel. Não é um anjo, mas tem a capacidade de executar feitiços, além de algumas outras habilidades não muito comum entre as pessoas normais.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 5: Uma semana.

Eu estava atravessando a rua, o sinal para pedestres estava quase fechando, e a rua estava movimentada mesmo sendo noite. Só tinha apenas eu e outras duas garotas de aparência de uns 20 anos, que também estavam atravessando, só que ao contrario de mim, elas pareciam desfilar na faixa de pedestre, e os carros buzinavam. Eu só não sabia dizer se estavam buzinando para elas se apressarem ou por que os motoristas estavam "seduzidos" com as moças. Eu estava com pressa, sabia que se demorasse muito os motoristas chegavam perto de atropelar as pessoas, não importando quem fosse. Já tinha visto isso acontecer com outras pessoas. Eu não podia passar na frente delas, parecia que elas faziam de proposito. Quando elas estavam chegando na calçada, escutei uma delas dizer
Garota 1: AI MEU DEUS! EU ESQUECI! VEM COMIGO BUSCAR!
E ela puxou a amiga pelo braço e saiu correndo com ela. Eu tentei me afastar para não ser empurrada, mas só consegui isso até o meio da rua.
Garota 1: Sai da frente. Pirralha chata.
Ela me empurrou, não sei se foi intencional ou não, só sei que eu cai no meio da rua. O sinal estava aberto para os carros. Quando eu consegui me levantar percebi que tinha um carro que parecia vir em minha direção. Pessoas que nunca passaram por situações assim apenas dizem "é só correr", mas não é assim. Eu fiquei congelada, mesmo sabendo que devia correr, não conseguia. Era o medo, o nervosismo. Antes de eu ser atropelada, alguém me empurrou, e o carro passou do meu lado, mas logo em seguida senti eu ser puxada pelo braço, para a calçada.
Meiling: Obriga...
Olhei para os lados, mas não tinha ninguém. Não consegui descobrir se era homem ou mulher, criança, adulto, adolescente. Não descobri mesmo. 
Olhei para frente, e do outro lado da rua, na outra calçada, estava aquelas duas garotas que haviam me empurrado. Elas estavam me encarando e rindo, alguns segundos depois elas se viraram e foram pra algum lugar. Eu também me virei, e fui pra minha casa.



Já havia passado uma semana desde que Mi-cha foi atacada, desde que Matthew me contou.
Eu estava acordada devia fazer uma hora e meia, mas eu estava com muita preguiça de sair da cama. Comecei a relembrar a semana inteira, desde o ultimo domingo. Mi-cha foi atacada por Angelo, que na verdade era Azazel, que tem uns trocentos anos, que queria um pedaço da minha alma, que tem o Matthew como servo. 
Comecei a relembrar o momento em que Matthew me contou.
"Matthew: Aquele cara que atacou você, que atacou Mi-cha, se chama Azazel.
Ele me deu uma encarada rápida  para saber se eu estava prestando atenção. Continuei  concordando com a cabeça e comendo.
Matthew: E podemos dizer que... eu seja um servo dele.
Me engasguei. Eu fiquei com os olhos arregalados. 
Matthew: Mei, se acalme.
Me levantei.
Meiling: ME ACALMAR? COMO VOCÊ QUER QUE EU ME ACALME? VOCÊ SERVE O CARA QUE QUASE MATOU MINHA MELHOR AMIGA? QUAL O SEU PROBLEMA?
Lagrimas começaram a encher os meus olhos. 
Matthew: SÓ CONFIE EM MIM.
Ficamos em silencio por um momento. Falei num sussurro, pra mim mesma
Meiling: E como que eu vou fazer isso?
Abaixei a cabeça. Uma lagrima começou a escorrer pelo meu rosto, e com a delicadeza de um verdadeiro anjo, ele me fez olhar para ele, e enxugou minha lagrima.
Matthew: Tente."
Peguei um travesseiro que estava do meu lado, e o coloquei sobre a minha cabeça. Fiquei assim alguns segundos. Falei para mim mesma
Meiling: Ok, no três eu levanto.
Respirei fundo.
Meiling: Um... dois...
Respirei fundo novamente
Meiling: Dois e meio...
Fiquei pensando um pouco, virei pro lado, me abraçando no travesseiro e desistindo da minha estrategia para levantar.
Meiling: Deixa quieto isso ai.
Fiquei na cama por mais uma meia hora e levantei. Tomei um banho e coloquei meu pijama novamente. Não pretendia sair de casa. Sentei numa das cadeiras que eu havia colocado na sacada a pouco tempo, e fiquei lá. 
Escutei algo caindo, resolvi sair para ver o que era. Parecia ser um presente, mas não consegui distinguir o que era. Era pra mim. Peguei e voltei para minha sacada. Antes de abrir, fiquei tocando a embalagem, tentando descobrir o que era, mas não consegui. Abri de uma vez, era um livro e uma carta. Era do Matthew. Deixei o livro de lado e abri a carta. Comecei a ler.
"Eu dividi o livro em 3 capítulos: Fácil, médio, difícil. O fácil fala sobre os elementos, e como mistura-los. Quero que aprenda o básico do fogo, água, terra, e ar. Tente não cometer um incêndio, nem um terremoto, furacão ou tsunami. Também não tente praticar algum feitiço que seja complicado demais, ou de qualquer outro capitulo. Tenha um bom treino.
Obs: Tente não morrer, e nem matar alguém."
Meiling: Haha. Muito engraçado.
Coloquei a carta no colo e peguei o livro. Primeiro comecei a analisar a capa. Era bem detalhada, e parecia ser de tecido. O livro tinha um tipo de fechadura, parecia um pedaço de tecido que vinha da contra capa até a capa, e se prendia numa ametista
Resolvi ir trocar de roupa, para ir treinar no bosque. Coloquei uma bermuda clara, uma blusa e um all star estampado. Era uma roupa confortável. 
Peguei o livro, tranquei a casa, e resolvi ir voando até o bosque. Eu precisava treinar meu voo de uma maneira ou de outra. 
Quando eu cheguei num lugar que eu tinha certeza que ninguém iria me ver, pousei e escondi minhas asas. Subi numa arvore e coloquei o livro no colo. Aquela ametista estava mais brilhante do que antes, e parecia que meu colar também. Tentei abrir o livro de todas as maneiras, mas não consegui. Virei o livro, e comecei a analisar a contra capa dele. Também tinha uma ametista, que segurava a tira de tecido do outro lado do livro, porem, essa não brilhava. Estava escura, quase sem cor. Eu ia tocar na ametista escura, mas quando eu aproximei meus dedos dela, era como se eu tivesse levado um pequeno choque. Resolvi tentar de novo, quando eu toquei na ametista, parecia que tinha uma troca de raios entre a pedra do livro e a pedra do meu colar. Acabei levando um super choque, e acabei caindo da arvore. Me levantei, e quando eu ia pegar o livro, fui atingida pelo raio da ametista escura do livro de novo, a qual estava começando a brilhar. Dessa vez fui jogada para longe. Eu não conseguia aceitar o fato que uma pedra era mais forte do que eu. Resolvi tirar o colar e coloca-lo no bolso. Consegui me aproximar do livro, e tocar as pedras sem ser atacada, mas ainda não conseguia abrir. Eu sentei no chão, com o livro entre as pernas. Tirei o colar do bolso e fiquei analisando-o. Coloquei o colar em cima da capa do livro, e a ametista da capa o puxou, fazendo parecer as duas pedras eram apenas uma. Um clarão surgiu, e eu fui lançada para longe, de novo. Quando consegui me levantar, vi o livro aberto e o colar no meio dele. Finalmente.
Meiling: Já tava na hora.
Me levantei e fui até onde o livro e o colar estavam. Peguei o colar e o coloquei no meu pescoço novamente, mas quando eu ia pegar o livro, alguém pegou antes.
Alguém: Livro interessante.
Me levantei, e esse alguém sorriu pra mim. Era um homem, ele tinha cabelos um pouco mais comprido do que o normal, para um homem. Ele usava roupas... interessantes. 
Eu ia pegar o livro dele, mas ele deu um passo pra trás, e escondeu o livro em suas costas. Eu estava perdendo a paciência.
Meiling: Poderia me devolver? Por favor?
Ele sorriu. Tirou a mão com o livro de suas costas, apontando-o para mim, como se fosse me entregar. 
Alguém: Mas é claro que...
Eu ia pegar o livro
Alguém: não.
Ele saiu correndo, mais rápido que uma pessoa normal. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi que ele também podia executar os feitiços que tinha no livro.
Eu fiz com que minhas asas aparecessem, fui voando baixo, quando encostando no chão, tentei segui-lo, mas o perdi de vista pouco tempo depois. 
Meiling: Agora sim, Matthew vai me matar.
Respirei fundo, escondi minhas asas e voltei a pé pra casa. Coloquei meu pijama novamente, e voltei pra sacada. A carta ainda estava no mesmo lugar que eu deixei. Eu a peguei e sentei no mesmo lugar que eu havia sentado de manhã.
Meiling: Droga.
Me encostei na cadeira, fechando os olhos e suspirando.
Matthew: Aconteceu alguma coisa?
Eu levei um susto. Ele estava sentado na outra cadeira, exatamente na minha frente. Eu não o havia visto ali.
Meiling: Desde quando você está ai?
Matthew: Quando eu cheguei você não estava. Cade o livro? Treinou?
Eu já tinha me esquecido.
Meiling: Sobre isso...



Eu e minha mãe estávamos voltando de uma pizzaria. Foi um dia bem divertido. Uma garota que devia ter a minha idade passou as pressas pela gente. Pude reconhecer aquele cabelo. Eu estranhei, mas ignorei.
Eu e minha mãe íamos atravessar a rua, mas minha mãe disse que não daria tempo, então ficamos esperando o sinal abrir e fechar de novo. O sinaleiro marcava o tempo, e faltava uns cinco segundos para o sinal abrir para os carros. Tinha duas garotas mais velhas, na frente da menina. Elas andavam como se estivessem passeando, e a menina estava ficando impaciente. Faltava um segundo, e uma das garotas puxou a outra pelo braço, a menina tentou desviar delas, mas elas a levaram praticamente pro meio da rua e depois a empurraram, fazendo-a cair. As duas saíram rindo. Percebi que um carro estava indo em direção a ela. Eu ia sair correndo até a menina para ajuda-la, mas minha mãe me segurou pelo pulso. A menina conseguiu se levantar, mas o carro estava chegando cada vez mais perto. Ela aparentemente ficou nervosa demais, pois não saia do lugar. Eu consegui fazer com minha me soltasse, e fui correndo até a menina. Eu a empurrei e ela saiu da mira do carro, o qual passou bem perto dela. Em seguida a puxei pelo braço, antes que ela corresse o risco de ser atropelada de novo. O sinaleiro fechou para os carros novamente, e minha mãe veio até mim. A menina não me viu. Eu e minha mãe continuamos nosso caminho, rindo. Quando cheguei em casa levei um sermão, mas pelo menos a garota não tinha se machucado.


Perdeu o capitulo 1 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 2 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 3 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Perdeu o capitulo 4 de Anjos Caídos? Então clique aqui.
Para acessar o dicionario de Anjos Caídos clique aqui.

sexta-feira, 1 de março de 2013

[Conto Rápido] Adeus. [Conto Rápido]

Nota: Criei essa história por causa de um dever de casa de produção textual, então por isso podem haver algumas diferenças ao comparar com os outros contos.


Ela acabara de chegar ao hospital. Tinha muitas pessoas em volta da garota, quase desmaiada. As pessoas ficavam horrorizadas ao olhar para ela, para o estado dela.
Finalmente, resolveram atende-la, mas não tinha mais jeito. Ela estava em um estado terminal. Seus pais foram embora sem se despedir. Eles não queriam ver a morte de mais uma filha. A menina estava sozinha num dos quartos do hospital, ela não demonstrava medo, mesmo sabendo o seu destino.
A porta do quarto se abriu, e uma mulher que aparentava ter seus 40 anos de idade entrou no quarto, puxando uma cadeira e colocando-a ao lado da cama que a menina estava, e se sentou.
- Você está bem? - perguntou a mulher, com um olhar de pena. 
A menina ficou calada, não conhecia a mulher, então achava que não devia satisfações a ela.
- Eu sou a Dra. Sunkyu. Mas pode me chamar de Sunny.
A menina concordou, e logo mostrou um pequeno sorriso.
- Qual o seu nome? - perguntou a doutora, com expectativa de começar uma conversa.
- Tiffany! Meu nome é Tiffany! - Ela respondeu animada, estava feliz por ter alguém para conversar.
- Você... nasceu com seus olhos assim? - Sunny estava curiosa.
O lindo sorriso da menina havia sumido. Tiffany passou os dedos por seus olhos, exatamente onde, até algum tempo atrás, eram azuis. Um lindo tom de azul. E atualmente seus olhos eram totalmente brancos. Ela não sentia seus olhos, se arrancassem ela nem saberia.
- Não.- Ela respondeu com um tom triste.
Seus olhos começaram a voltar ao normal, e ela podia então ver sua irmã mais velha. Na realidade era apenas um ano mais velha. Ela tinha longos cabelos negros, e estava usando a mesma roupa do dia de sua morte: um vestido branco de renda, que ia até o joelho, e estava descalça. Usava um laço branco, prendendo parte de seu cabelo para trás. Ela segurava uma adaga de prata, a mesma que havia causado sua morte.
A menina aparecia e sumia, fazendo assim com que os olhos e Tiffany voltassem ao normal e do nada a cegueira voltava.
Sunny estava assustada. As luzes de todo o hospital começaram a piscar junto com os olhos de Tiffany.
- ISABELLE!
Tiffany começou a ficar com medo da irmã. Isabelle então ficou visível para todos que quisessem vê-la. A doutora estava mais apavorada ainda.
Isabelle se aproximou de Tiffany, e ficou a observando.
- Vamos acabar logo com isso. - disse Isabelle, que logo em seguida enfiou a adaga no coração da irmã, a qual morrera na mesma hora. 
O olhar de Isabelle passou a ser mortal. Seus olhos agora eram totalmente negros, e quem a olhasse agora morreria. Ela começou a andar pelo hospital, matando todos. Era esse seu objetivo. Depois que todos estavam mortos, ela saiu, ficando na frente da porta principal do hospital. Havia muitos policiais lá, com armas apontadas para ela. Eles haviam sido instruídos para não a olharem.
- Atirem logo - Falou Isabelle, porem nada aconteceu.
- ATIREM! - Ela jogou a adaga em um dos policiais, matando-o. Ela conseguiu fazer com que atirassem, mas os tiros apenas passavam por ela e acertavam o hospital. Ele estava completamente destruído.  Depois que os tiros acabaram os policiais viram que não tinham acertado a garota, somente o hospital. Eles olharam para a garota, e morreram. Ela começou a rir. Se aproximou do policial, agora morto, que estava com a adaga em seu peito, e a pegou de volta. Agora, sua próxima parada era a casa de seus pais.

Essa é a Sunny, do SNSD.
Eu realmente pensei nela
para o papel da doutora.