domingo, 28 de abril de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 8: Não me escondam nada!

Era tarde, eu estava na casa de Mi-cha. Era uma festa de família, e me obrigaram a ir. Eles realmente diziam que eu era parte dela. Os meninos foram brincar de uma coisa, e as meninas de outra. Eu não queria brincar, fiquei apenas olhando. Os meninos vieram nos chamar para brincar de esconde-esconde, já que a casa da Mi-cha era muito grande, principalmente as áreas ao ar livre, o único lugar que podíamos fazer o que quiséssemos nessas festas. Acabei por aceitar. Resolvemos decidir quem iria procurar num jogo de rainha. Aquele que ganhasse, escolheria um dos perdedores para procurar.
A ordem seria: Mi-cha, a prima que me odiava, o primo mais velho, o segundo primo mais velho, o primo mais novo, eu.
O jogo começou e todos deram os três passos para trás.
Todos: RA-IN-HA.
Mi-cha deu dois passos até a prima que me odiava, e recuou um. A prima que me odiava ficou entre tentar me tirar do jogo e tentar tirar Mi-cha. Optou por tentar me tirar, e deu os três passos até mim, com raiva. Ela quase conseguiu, mas recuei. Ela pareceu ter ficado irritada com isso, já que pelo o que eu havia percebido, ela tinha colocado toda sua força para pisar no meu pé. O primo mais velho foi até Julia (a prima que me odiava), mas não conseguiu. O segundo primo mais velho tentou ir até Mi-cha, mas não chegou nem perto. O mais novo tentou ir até o mais velho. Julia estava conversando com Mi-cha, e não percebeu que era minha vez. Consegui tirar ela. Ela ficou com muita raiva, mas não fez nada, apenas saiu. Agora a ordem era: Mi-cha, o primo mais velho, o segundo primo mais velho, o primo mais novo, e eu.
Mi-cha foi em direção ao mais novo. O mais velho tentou me tirar, mas em vez de no ultimo passo recuar, ficou ainda mais perto de mim, mesmo não me acertando. Estava perto o suficiente para eu sentir sua respiração. Os dois mais velhos se entreolharam, e em seguida, o segundo mais velho foi até o mais novo. O mais novo tentou pisar no pé de Mi-cha, mas não conseguiu. Era minha vez, dei três passos pra trás. Percebi que todos ficaram observando, já que eu podia muito bem ter tirado o Antonio (o primo mais velho). Resumidamente, acabou que Antonio venceu, e mandou eu procurar. Todos foram se esconder. Fiquei no jardim da frente. Me encostei na parede, fechei os olhos e comecei a contar até 10.
Terminei de contar e me virei enquanto abria os olhos. Dei de cara com Antonio, que parecia estar me esperando. Não tinha ninguém ali alem de nós dois. Ele apoiou suas mãos na parede, me impedindo de sair dali. Agora eu estava entre a parede e ele. 
Seu rosto ficava cada vez mais próximo do meu. Eu estava com vontade de gritar, mas não acho que adiantaria, afinal, ninguém poderia fazer nada. Os parentes mais velhos estavam no outro lado da casa, onde realmente não se dava pra ouvir muito bem o que acontecia lá na frente. E os primos e Mi-cha? Do jeito que são fofoqueiros, capaz de ficar assistindo. E Mi-cha realmente não poderia fazer nada. 
Pelo canto do olho, vi Matthew e um outro garoto passando. Matthew estudava na mesma sala que eu e Mi-cha. Sempre achei ele arrogante. O outro menino eu não conhecia. Quando ele passou bem em frente a casa de Mi-cha, tentei chamar por ele, mesmo que fosse num sussurro. Eu estava nervosa com a situação, e por isso minha voz ficou meio "falhada". 
Meiling: Ma... Matthew!
Só depois que chamei que comecei a pensar o que ele poderia fazer. Simplesmente nada, no meu ponto de vista. Antonio ignorou, mas Matthew começou a andar mais devagar.
Meiling: Matt...
Ele finalmente parou e se virou, e vendo a situação, reagiu de uma forma que eu realmente não esperava. 
Matthew: EI! O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTA FAZENDO COM A MINHA NAMORADA? MEI, O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
Eu fiquei vermelha, enquanto Antonio e o amigo de Matthew olhavam sem entender. Antonio me soltou. 
Meiling: Não vou mais jogar.
Abri o portão e sai para falar com Matthew. O empurrei para apressar o passo até a esquina, para ter certeza que ninguém ouviria meu "obrigada", e não estragar o "disfarce".
Meiling: Obrigada...
Ele me encarou, suspirou, e revirou os olhos.
Matthew: Tanto faz.
Ele voltou a seguir seu caminho com seu amigo, e eu me virei para voltar pra casa de 
Mi-cha.  
No caminho, comecei a pensar como seria se eu e Matthew realmente fossemos namorados. Comecei a rir.
Meiling: Até parece que eu namoraria um cara arrogante como ele.
Continuei meu caminho, e quando cheguei na casa de Mi-cha, me tranquei no quarto dela e fiquei la até a festa acabar. Ninguém me viu saindo da casa, e nem entrando e indo pro quarto dela.



Cheguei na escola cansada por causa dos acontecimentos do dia anterior. Varias pessoas estavam no meio do patio formando um circulo, algo estava acontecendo ali. Pensei em me aproximar pra ver o que estava acontecendo, mas resolvi ir direto pra sala. No meio do caminho, escutei Mi-cha gritar. Resolvi me aproximar do circulo, e vi que tinha uns 4 meninos da nossa sala agredindo ela. Ela conseguia se defender de alguns, já de outros... 
Joguei minha mochila em cima de uma das mesas que tinha no patio, e entrei na roda. Foi empurrando algumas pessoas que eu consegui entrar na briga, mas quando os quatro me viram, soltaram Mi-cha e foram embora. Eu também faria o mesmo se fosse um deles, afinal, não queríamos que os acontecimentos do sexto ano se repetissem. Foi naquela época que eu descobri que eu realmente era boa em artes marciais.
Mi-cha já tinha deixado sua mochila na sala, então eu peguei a minha e ela me acompanhou.
Mi-cha: Mas como você fez isso? Foi só você chegar que eles saíram!
Comecei a rir.
Meiling: Ah Mi-cha... Foi assim, uma vez no sexto ano, eles começaram a me zoar, e zoar você também. Eles começaram a falar tantas besteiras, que acabei batendo neles. Foi num dia que você faltou. O professor me mandou pra diretoria naquele dia, mas consegui me livrar de levar uma advertência ou suspensão.
Mi-cha: Uma peste desde pequena...
Sorri. Coloquei minha mochila sobre a mesa, e sentei de modo em que eu pudesse me encostar na parede. Mi-cha sentou na mesa dela de frente pra mim. Ela estava me contando como estava sendo o teatro para a aula de português, no qual ela era a unica menina no grupo. Matthew entrou na sala, quando passou por mim, ficou me encarando, e eu encarando ele. Mi-cha se calou. Ele apenas colocou sua mochila sobre sua mesa e saiu da sala. Assim que ele saiu Mi-cha começou.
Mi-cha: Me conta tudo!
Por um momento, eu pensei em contar para Mi-cha o que havia acontecido no dia anterior, afinal, ela já sabia de tudo praticamente. Mas Mi-cha sempre foi "sensível", então resolvi não assusta-la, era capaz de ela criar algum ódio de Matthew por causa disso ou qualquer outro tipo de reação ruim.
Meiling: Nada.
Mi-cha: Até parece.
Suspirei. O sino para o inicio das aulas bateu, mas Matthew não voltou para a sala. Ignorei isso, afinal, ele sabia se cuidar. 
A porta ficou aberta durante as aulas até o intervalo. Eu vi Matthew passar algumas vezes pelo corredor, mas não entrou na sala. Queria saber o que estava acontecendo. 
Fui comprar algo para comer com Mi-cha, estava fazendo muito calor, e os professores não haviam ligado o ar condicionado na sala, mas Mi-cha não parecia estar sentindo calor, mesmo usando uma blusa de manga comprida, que parecia ser muito quente. Até eu que estava com uma blusa de manga curta sentia um calor infernal. 
Meiling: Mi-cha... Você não esta com calor?
Mi-cha: Nã-não...
Ela mudou de assunto na hora.
Mi-cha: Ma-mas e então... Você vai la em casa no fim da aula?
Meiling: Não. Hoje eu preciso treinar.
Ela sorriu. Eu já sabia o que ela estava pensando.
Meiling: Não. Não vou treinar com o Matthew hoje.
Ela fez uma expressão triste. 
Chegamos na cantina, ela comprou um brigadeiro e eu comprei uma garrafa d'água. A atendente perguntou a mesma coisa que eu.
Atendente: Você não está com calor?
Mi-cha sorriu e balançou a cabeça em sinal de não. Não comprei nada para comer, mas Mi-cha insistiu em me dar um pedaço do brigadeiro dela, já que era enorme. Obviamente eu aceitei.
Voltamos pra sala, e Matthew ainda não estava lá. Eu não entendia por que estava me preocupando tanto. 
O tempo passou bem rapido, o recreio acabou rapido e já estávamos na ultima aula. No meio dela, Matthew entrou na sala, e entregou um papel para o professor. O professor assinou algo e Matthew saiu da sala novamente, não olhou pra ninguém sequer. Os sussurros começaram, mas o professor começou a bater no quadro pedindo para que voltassem a ter atenção no conteúdo que estava sendo explicado. 
O sino para o termino das aulas bateu, e o professor foi o primeiro a sair da sala. Fiquei esperando Mi-cha, que estava copiando a matéria do quadro.
Mi-cha: Mei... vai comprar uma água pra mim enquanto eu termino de copiar?
Suspirei.
Meiling: Ta né.
Ela me deu o dinheiro, e no meio do caminho, vi Matthew voltando para a sala. Resolvi segui-lo. Fiquei atrás da porta, tentando observar. 
Mi-cha estava sentada em cima da mesa, com todo o seu material guardado. Sua mochila estava em cima da cadeira. Ela estava com as mangas puxadas para cima, e encarava seus braços. Nem Matthew e nem Mi-cha me viram.   
Matthew foi até a mesa dele e pegou sua mochila.
Matthew: Mi-cha.
Mi-cha não respondeu. Matthew se aproximou dela.
Matthew: Mi-cha?
Mi-cha olhou pra frente.
Mi-cha: Hã?
Matthew a encarou. Levou alguns segundos para ela se tocar que Matthew estava falando com ela. Quando ela se tocou, levou um susto e abaixou as mangas.
Matthew: Nós já conversamos sobre isso.
Matthew parecia estar irritado agora.
Mi-cha: Matth...
Ele não a deixou terminar oque ia dizer.
Matthew: Não. Você prometeu. 
Ele colocou sua mochila de volta em sua mesa. Ela abaixou a cabeça.
Mi-cha: Eu...
Ele a interrompeu novamente.
Matthew: Você sabe pelo o que nós vamos passar. Você sabe de tudo. Por que continua deixando tudo mais dificil?
Agora eu estava curiosa. Pelo o que eles iriam passar? O que Mi-cha tinha feito? Ou melhor, o que ela estava fazendo? O que os dois estavam me escondendo? 
Mi-cha começou a encara-lo. Matthew suspirou.
Matthew: Mi-cha. Espero que você esteja preparada.
Olhei pra minha mochila, a garrafa que eu havia comprado no intervalo estava intacta. Coloquei o dinheiro no bolso e peguei a garrafa. 
Matthew: Eu acho que seria melhor se... você que contasse para a Meiling.
Mi-cha: Eu? Mas eu não acho que se for eu ela...
Eu entrei na sala. Ela parou a frase quando me viu.
Meiling: Me avisasse sobre o que?
O silencio tomou conta.
Meiling: ME RESPONDAM. O QUE VOCÊS ESTÃO ME ESCONDENDO?
Eles se entre olharam.



Eu e um amigo meu resolvemos dar uma saída. Fazia tempo que não conversávamos direito, por causa da escola. A casa dele ficava na mesma rua da casa de Mi-cha, uma menina da minha sala. Foi quando passamos pela casa dela, que eu escutei alguém me chamar.
Alguém: Ma... Matthew!
Comecei a andar mais devagar. Se eu escutasse de novo, iria procurar quem estava me chamando.
Alguém: Matt...
Me virei. Estava ali, com uma cara de desespero, Meiling. Um outro garoto, que parecia ser mais velho que ela, estava prendendo-a contra a parede. Assim que eu a vi, eu percebi que ela queria ajuda. Sem pensar duas vezes, fiz a primeira coisa que me veio na cabeça.
Matthew: EI! O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTA FAZENDO COM A MINHA NAMORADA? MEI, O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
Meu amigo e o garoto nos olharam sem entender. Meiling ficou vermelha. O garoto a deixou sair e ela saiu da casa, vindo falar com a gente. Ela nos fez apressar o passo até a esquina.
Meiling: Obrigada...
Tendo a certeza, que eu iria protege-la querendo ou não, respondi de qualquer jeito.
Matthew: Tanto faz.
Ela não disse nada, apenas foi embora, em direção a casa de Mi-cha. Eu me virei para voltar a seguir meu caminho com meu amigo, mas resolvi segui-la, só para garantir. Pedi para ele esperar ali e fui.
Ela começou a rir, e a falar sozinha.
Meiling: Até parece que eu namoraria um cara arrogante como ele. 
Fiquei parado no meio do caminho. Não sei porque, mas aquilo me atingiu um pouco. Dei meia volta. Eu tinha certeza que agora ela ficaria bem, então não me preocupei.



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sábado, 20 de abril de 2013

[Conto Rapido] - Video: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore

Não se acostumem com videos em contos rápidos. Bom, eu estou tão ocupada (ultimas provas do bimestre, vou estudar o fim de semana inteiro e.e) que não tenho tempo nem para escrever um conto rápido.  Minha professora de inglês passou esse curta na aula, e eu achei ele muito legal. Por isso, ao invés de um conto, estou postando o curta-metragem que ganhou um Oscar  The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore. Espero que gostem tanto quanto eu!
(Ele só tem musica, não tem falas)



sábado, 13 de abril de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 7: Eu devo confiar em você?

Era sábado, Mi-cha tinha me arrastado para passar a tarde no shopping com ela. A mãe dela só deixou ela ir sozinha por que sabia que eu estaria junto. Andei com Mi-cha pelo shopping, mas ela não parava de olhar no relógio.
Meiling: Você tem algum compromisso?
Mi-cha: Hã?... Nã-ão, não exatamente...
Fiquei tentando pensar o que ela estaria aprontando, quando paramos em frente em uma loja. Percebi que Mi-cha começou a pensar em voz alta.
Mi-cha: Ela já deveria ter chego.
Então é isso, ela tinha me arrastado pra sair em grupo. 
Ficamos esperando a garota que Mi-cha havia convidado por uma hora, mas ela não apareceu. Demos uma volta pelo shopping, e então resolvemos ir embora.
Saímos pelo estacionamento. Num dos lados do estacionamento tinha um canto que, muitas vezes, os garotos iam se reunir lá. Mas não eram boas pessoas. Os meninos pareciam se divertir, estavam numa roda, e estavam rindo muito. Os risos deles abafavam o som de alguém gritando.
Mi-cha: O que será que aqueles garotos tanto fazem? Eles parecem ser má influencia, mas mesmo assim parecem ser tão... felizes...
Percebi que Mi-cha estava encarando a rodinha.
Meiling: Nem tente se aproximar deles entendeu? Agora vamos embora.
Eu estava indo, devagar, para ela me acompanhar logo, quando ela disse algo.
Mi-cha: Espera... Aquela ali não é a...
Comecei a olhar, tentando encontrar a menina que Mi-cha falou que tinha visto, e sim, era uma menina da nossa sala.
Mi-cha pegou o celular.
Meiling: O que você ta fazendo?
Mi-cha: Vou chamar a poli...
Eu a interrompi.
Meiling: Pra que? Acha que vai adiantar alguma coisa?
Eu fiquei a encarando, esperando uma resposta.
Mi-cha: E o que você pretende fazer? Deixar ela lá? Não sei se você notou mas ela não parece muito a vontade lá...
Respirei fundo.
Meiling: Fique aqui.
Eu comecei a caminhar até onde a garota estava. Mi-cha começou a me seguir.
Mi-cha: MEI! ESPERA! VOCÊ NÃO PODE...
Meiling: EU MANDEI VOCÊ ESPERAR.
Ela parou na metade do caminho e ficou, enquanto eu continuei. Tinha um garoto sentado, estava de cabeça baixa e o cabelo tampava seu rosto, de forma que eu não conseguisse ver quem era. Tinha outros dois garotos segurando a menina, e outros dois se "divertindo" com ela. A menina estava quase chorando. Ela me viu.
Menina: MEILING!
Droga. Será que eu era a unica amiga de Mi-cha que não era escandalosa?
Os dois garotos se viraram para me olhar, e começaram a me provocar. Eu não estava com muita paciência.
Meiling: Vamos acabar logo com isso, eu tenho coisas mais interessantes pra fazer do que ficar aqui. Solta a menina logo.
Eles começaram a rir.
Um cara: Se não você vai fazer o que?
Ele começou a andar até mim, e a cada passo que ele dava em minha direção, eu dava um passo pra trás.
Meiling: Eu vou contar até três.
Eles ficaram me encarando. Coloquei minha mão na bolsa. 
Meiling: Um.
Pude perceber que eles estavam segurando a menina cada vez mais forte.
Meiling: Dois.
Agarrei meu nunchaku, mas não o tirei da bolsa. O pai de Mi-cha havia me dado um, escondido. Ele me treinava desde a época que eles me adotaram, eu não era uma ninja, mas sabia me defender se precisasse, eu sabia usar aquilo. 
Meiling: Três.
Tirei o nunchaku da bolsa, a qual eu joguei longe. Os dois que estavam me provocando começaram a rir, então comecei por atingir a cara deles, na mesma hora que eu acertei eles, eu dei um chute na boca do estomago de um deles, que caiu em cima do outro. Mas logo se levantaram. Foi tempo suficiente para eu chutar um dos outros garotos que seguravam a menina e puxa-la pelo braço. Como nem um nem outro estava esperando que eu os atacasse, eles estavam despreparados, e consegui fazer com que soltassem a menina. Mandei ela correr até Mi-cha. Os quatro garotos me cercaram. Eu não sabia mais o que fazer.
Falei para mim mesma, num sussurro.
Meiling: Droga.
O menino que estava sentado, se levantou, entrando na "roda" que os outros fizeram ao me cercar.
Menino: CHEGA.
Eu ainda não conseguia ver seu rosto.
Um cara: Acha mesmo que nós vamos te obedecer? Saia da frente se não quiser sair ferido daqui.
Menino: Saiam daqui.
Eles começaram a rir.
O menino tirou o nunchaku das minhas mãos, e atacou o garoto.
Menino: Eu disse para sair.
A voz do menino era fria.
Os outros três partiram pra cima do menino, que se defendia.
Menino: Corra.
Agora o menino falava comigo.
Meiling: Mas... 
Menino: EU DISSE CORRA.
Ele parecia se garantir. Concordei com a cabeça, peguei minha bolsa e sai correndo até onde as meninas estavam. Elas pareciam impressionadas.
Meiling: Vamos?
Eu fui andando na frente, e elas atrás. Fiquei apenas escutando a conversa. Acompanhei elas até onde pude, e depois fui direto pra casa.
Joguei minha bolsa no sofá e fui direto pro quarto. Deitei na cama. Estava cansada, com preguiça. 
Acabei lembrando de uma coisa importante. Pensei em voz alta.
Meiling: MEU NUNCHAKU!
Agora já era. Nunca mais veria aquele garoto de novo, e se eu visse, provavelmente nem lembraríamos do que teria acontecido. 
Fui tomar um banho, e logo em seguida fui pra sala assistir um pouco de tv. Acabei dormindo no meio de um filme. 
Acordei de madrugada e resolvi ir pro meu quarto. Quando cheguei lá, tinha alguém pulando a minha sacada, estava saindo do meu quarto. Acendi as luzes e fui até a sacada. Olhei pra cima, pros lados, pra baixo, mas não tinha ninguém. Eu ia apagar as luzes, e quando olhei pra minha cama, meu nunchaku estava lá.
Meiling: Mas o que?!...


Acordei com meus pés e mãos amarradas, e com a mesma pessoa que me fez desmaiar segurando meu queixo, de modo que eu pudesse olhar nos seus olhos. Minhas mãos estavam amarradas atrás das costas. Assim que eu acordei ele se afastou. Comecei a observar o lugar, e pude ver Matthew encostado numa parede, segurando o que parecia ser uma faca. Era um lugar sombrio, tinha paredes que pareciam que nunca foram pintadas, e logo a frente tinha uma parte mais elevada, onde ficava um tipo de trono.
Procurei ficar sempre de cabeça baixa.
Pessoa: Então essa é a garota?
Matthew: É.
Percebi que os dois estavam me encarando.
Pessoa: Ela é bonitinha.
Matthew pareceu não gostar do que escutou, mas não respondeu.
Pessoa: Azazel vai demorar pra chegar... Por que não nos divertimos um pouco?
Matthew: Não. Nick se você vai ficar ai me enchendo o saco por que não vai dar uma volta então?
Nick! Então era esse o nome do cara!
Nick: Por que você é tão sério? Já pensou em curtir a vida um pouco?
Matthew continuou em silencio, começou a brincar com a faca que estava em suas mãos. Nick veio até mim, se agachou e começou a mexer no meu cabelo. Eu realmente estava me sentindo incomodada com aquilo. Matthew apareceu do nada, e puxou Nick pela gola da camisa.
Matthew: Deixe a garota em paz.
Assim que terminou de falar, Matthew jogou Nick no chão e caminhou em direção a onde estava. Nick se levantou com dificuldade, e logo partiu pra cima de Matthew, que sem olhar pra trás, desviou do golpe de Nick, fazendo com que o mesmo perdesse o equilíbrio e quase caísse no chão.
Matthew: Atacando pelas costas? 
Matthew deu uma risada sarcástica, o que fez Nick tentar atacar Matthew novamente, dessa vez com magia. Para desviar, Matthew se abaixou.
Matthew: Você é apenas um aprendiz. Acha mesmo que...
Matthew foi interrompido pelo barulho de uma porta sendo aberta. Os dois foram para frente do trono e se ajoelharam. Conclui então que quem estava chegando era Azazel.
Azazel ficou apenas na frente do trono.
Azazel: Ah... Vejo que trouxeram a garota.
Os dois continuaram em silencio. 
Azazel: Hoje foi um dia longo. Amanhã eu cuido dela. Até lá, podem ir.
Matthew e Nick: Sim, mestre.
Os dois se levantaram e foram para uma pequena e simples porta no canto do local. Em seguida, Azazel se vira e caminha em direção a mesma, mas para no meio do caminho.
Azazel: Até amanhã, minha querida Yoko.
Então ele continua seu caminho. 
Yoko. Ele me chamou de Yoko. Não era a primeira vez que me chamavam de Yoko, mas eu nunca entendi o porque. Respirei fundo, agora eu estava sozinha. Estava com medo. Precisava colocar meus pensamentos em ordem. 
Meus olhos começaram a se encher de lagrimas, quando vejo Matthew vindo até mim, com uma faca. Eu não sabia se podia confiar em Matthew. 
Ele se agachou atrás de mim.
Matthew: Eu vou te soltar, mas não me ataque. Prometa.
Apenas concordei com a cabeça. Ele realmente cortou as cordas. Eu ia me levantar e fugir, mas ele me segurou. Tentei fazer com que ele me soltasse.
Meiling: ME SOLTA.
Matthew: Shhh... Você prometeu...
Ele ficou em cima de mim. Eu tentava empurra-lo, mas ele ainda era muito forte. Ele aproximou seu rosto do meu. Eu podia sentir sua respiração. Ele me beijou. Eu não estava entendendo mais nada. Ele ficou me encarando por um tempo.
Matthew: Vá.
Eu me levantei e concordei com a cabeça. Ele apontou para a porta barulhenta, que se abriu na mesma hora. Fiz minhas asas aparecerem e fui voando o mais rápido possível.



Eu estava com alguns amigos no shopping, num canto do estacionamento. Eu procurava sempre ser quieto e seco na presença deles. Meu rosto estava sendo tampado por uma parte do cabelo. Não queria que as pessoas achassem que eu era uma má influencia que nem os outros. 
Uma menina da minha sala passa por eles, e eles começam a provoca-la. Eu não podia fazer nada. Dois deles seguraram a garota, enquanto outros dois começaram a irrita-la cada vez mais. 
Eu fiquei surpreso quando a garota que meu pai pediu para proteger apareceu lá. A outra menina parecia conhece-la.
Menina: MEILING!
Meiling. Então esse era seu nome. Ela começou a ameaçar os outros garotos. Eu fiquei apenas observando. Ela tirou um nunchaku da bolsa, e começou a atacar os outros. Fiquei impressionado, nunca vi uma garota da minha idade lutar assim. Ela conseguiu fazer com que a menina ficasse livre para fugir, porem, os outros quatro a cercaram. Eu sabia que ela não iria conseguir lutar com eles sozinha, achei melhor interferir.
Matthew: CHEGA.
Um cara: Acha mesmo que nós vamos te obedecer? Saia da frente se não quiser sair ferido daqui.
Matthew: Saiam daqui.
Eles começaram a rir.
Matthew: Eu disse para sair.
Eu tirei o nunchaku das mãos de Meiling e comecei a ataca-los. Essa era a hora certa para ela fugir.
Matthew: Corra.
Meiling: Mas...
Matthew: EU DISSE CORRA.
Ela então pegou a bolsa e saiu correndo. 
Consegui deixar os outros quatro garotos bem cansados, e então eu sai correndo. Fui pra casa. Passei o resto do dia no meu quarto. Lembrei que eu estava com o nunchaku da Meiling, achei que era melhor devolver. Resolvi devolver de madrugada. 


Madrugada

Pulei a sacada do quarto de Meiling. Ela não estava lá. Deixei o nunchaku em cima da cama dela, mas quando eu estava indo embora ela me viu. Fingi cair da sacada, mas na verdade só me escondi debaixo dela, e então fui embora voando. 


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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Aviso sobre as postagens!


Bom, fiz esse post apenas para avisar que eu não parei o conto "Anjos Caídos" pela metade. Eu fiquei doente e perdi todas as provas, então agora toda quinta-feira de manhã irei fazer duas provas. Estou escrevendo o conto no meu tempo livre, mas está complicado, já que mal posso acessar a internet até eu terminar as provas...
Mas continuem a acessar o blog, tentarei postar o capitulo nesse fim de semana, ou no minimo um conto rápido. 
O próximo capitulo terá muitas surpresas, e acho que vocês vão gostar muito!

Continuem lendo o blog!