domingo, 19 de maio de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 12: Ela não era tão pura assim.

Era noite, e eu estava num parquinho, brincando no balanço. Eu estava sozinha, e a noite estava linda. Eu estava rindo sozinha, me divertindo sozinha. Percebi que alguns moleques caminhavam até mim, mas pararam quando viram a mesma coisa que eu: um vulto. Vários vultos começaram a aparecer do nada, formando um circulo em minha volta. Tudo ficou escuro. Eu sentia que eles estavam roubando minhas energias. Eu não aguentei, desmaiei.
Quando acordei, estava deitada em minha cama. Já não sabia mais se aquilo teria sido real ou apenas um sonho. E se fosse real, como eu fui parar na minha casa? 
Comecei a rir.
Meiling: É claro que foi um sonho.
Fui no banheiro, e levei um leve susto com o que eu vi. 
Eu estava usando as mesmas roupas do sonho, e elas estavam sujas de areia.
Meiling: Mas... como?


Meiling: NÃO!
Todos que estavam na cabana olharam pra mim. Fiz com que Matthew me largasse e sai da cabana correndo, enquanto abria minhas asas. Percebi que todas ficaram impressionadas.
Matthew ia atrás de mim, mas as outras conseguiram bloquear as passagens. 
Na mesma hora que Mi-cha puxou a criança, uma das três garotas partiu pra cima dela, mas eu consegui protege-la do ataque. As outras duas se afastaram. Mi-cha estava usando uma mascara que tampava sua boca e nariz. Sinceramente, durante todo esse tempo, eu nunca havia notado aquela mascara.
A garota tentou atacar Mi-cha novamente, e por pouco ela quase a acerta. Mi-cha empunhou sua katana, e dessa vez foi ela que partiu pra cima da outra, acertando uma de suas asas. A garota escondeu as asas, deixando a mostra um profundo corte em suas costas. Eu e Mi-cha nos entreolhamos e partimos pra cima das outras duas garotas que estavam na nossa frente. Na hora de atacar, nós trocamos. Mi-cha atacou a menina que todos acharam que eu iria atacar e vice-versa, mas pelo visto, elas não queriam brigar conosco, já que estavam apenas fugindo dos ataques.
A garota que Mi-cha havia perfurado a asa falou em um tom muito baixo.
Uma das anjos malignas: Por favor... deixa elas...
Percebi que ela estava chorando. Mi-cha ia atacar uma das outras, mas eu a segurei. 
Meiling: Calma Mi-cha...
As outras duas foram ajudar a anjo que foi ferida. As anjos puras que haviam se escondido dentro das cabanas, começaram a sair aos poucos para socorrer a garota. 
Matthew conseguiu sair, e veio até mim e Mi-cha.
Meiling: Nossa. Ajudar as pessoas que matam seus amigos... elas são mesmo puras. Eu já teria matado aquela garota. Realmente, não possuem maldade nenhuma...
Encarei a menina que ficou mais animada quando Matthew chegou. Ela estava sempre nos observando.
Meiling: Quase nenhuma.
Matthew: Já peguei o que precisamos. Vamos?
Mi-cha: Você não vai se despedir?
Lancei um olhar mortal para Mi-cha, que percebeu na hora. Matthew ficou sem jeito.
Matthew: Acho melhor não... vamos.
Mi-cha começou a rir baixo. 
A garota que havia feito um escândalo com a chegada de Matthew correu até ele, agarrando-o.
Garota: MATTHEW!
Mi-cha segurava meu braço.
Matthew a abraçou, mas ela ainda não o deixava em paz.
Meiling: Eu quero ir embora hoje.
Fiz com que Mi-cha me soltasse e fiz a garota solta-lo a força. 
Garota: Me solta.
Revirei os olhos e a joguei no chão, mas não com força suficiente para machuca-la, mesmo essa sendo minha vontade.
Ela começou a chorar, mas percebi na hora que era fingimento. 
Ela olhou para mim, seus olhos ficaram negros. Meu colar começou a brilhar, e pude ver nos olhos da garota algo. Meus olhos também ficaram negros. Pude ver ela num quarto escuro, suas roupas estavam rasgadas e suas asas machucadas. Estava sozinha.
Minha visão voltou ao normal. Aquela garota não era quem os outros estavam pensando.
Meiling: MI-CHA. ME DA ESSA KATANA.
Mi-cha hesitou por um momento. 
Matthew: ESPERA MEILING. O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?
Meiling: MI-CHA.
Ela me deu. 
Matthew: MEI!
Enfiei a katana no peito daquela garota. Matthew estava com os olhos arregalados. Devolvi a arma para Mi-cha.
Meiling: A amiga de vocês está por ai. Num quarto escuro. Não sei onde é, mas eu sei disso. Suponho que seja num lugar abandonado daqui. Boa sorte. Ah, e recomendo que sejam rapidas, antes que ela morra.
Todas estavam assustadas pela forma como eu falava aquilo.
Meiling: Podemos ir agora?
Matthew parecia ainda estar assimilando tudo o que acabara de acontecer.
Matthew: Eu... volto outra hora para ver como ficou as coisas...
Matthew abriu o portal e fomos embora. Voltamos para onde acampamos desde o começo de tudo isso. Ele nem se quer olhou na minha cara durante todo o caminho. 
Meiling: Ei! Vai ficar com raiva de mim pra sempre? Aquela garota ia te matar.
Ele me ignorou.
Matthew: ELA ESTAVA POSSUÍDA MATTHEW.
Matthew parou, mas continuou sem olhar pra mim.
Matthew: Não faça mais isso.
Ele voltou a andar. Me virei para Mi-cha e percebi que ela estava usando uma roupa diferente.
Meiling: Da onde você tirou essa roupa?
Ela sorriu.
Mi-cha: Aquelas crianças que me deram. É bonita né?
A blusa era semelhante a um quimono japones sem mangas, tinha desenhos de flores num tom mais claro, e parecia que tinha uma segunda gola, para ser usada como mascara. Então Mi-cha não havia levado, mas sim ganhado. As calças eram largas e retas, mas ficavam muito bem no corpo dela, também pretas e com detalhes da mesma cor dos da blusa. Ela usava uma sapatilha preta semelhante a uma de balé.
Meiling: Você vai lutar ou dançar?
Mi-cha: De acordo com elas, esses eram calçados próprios para lutar. 
Fiquei impressionada. Como crianças podiam pensar em tudo?
Já estava noite quando chegamos ao nosso local de acampamento. Todos estavam cansados. Montamos as barracas e fomos direto dormir.
Acordei de madrugada, estava sem sono. Fui até o lago que tinha ali perto. Matthew estava encostado numa arvore, pensativo. Me encostei numa outra, bem distante. Pensei que ele não havia notado minha presença, ou apenas ignorado.
Matthew: Mei...


Estava passando por um parquinho, quando vi aquela garota da minha sala, Meiling. Por algum motivo, resolvi ir até ela. Percebi que alguns garotos estavam indo até ela, e pelo jeito deles, não tinham boas intenções. Eles pararam quando viram a mesma coisa que eu: um vulto. Vários vultos. Fui correndo até Meiling e fiz o que pude para acabar com eles. 
Levei ela pra casa dela. Desci pela sacada, e fiquei observando um pouco. Ela realmente não tinha jeito.



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