sábado, 13 de abril de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 7: Eu devo confiar em você?

Era sábado, Mi-cha tinha me arrastado para passar a tarde no shopping com ela. A mãe dela só deixou ela ir sozinha por que sabia que eu estaria junto. Andei com Mi-cha pelo shopping, mas ela não parava de olhar no relógio.
Meiling: Você tem algum compromisso?
Mi-cha: Hã?... Nã-ão, não exatamente...
Fiquei tentando pensar o que ela estaria aprontando, quando paramos em frente em uma loja. Percebi que Mi-cha começou a pensar em voz alta.
Mi-cha: Ela já deveria ter chego.
Então é isso, ela tinha me arrastado pra sair em grupo. 
Ficamos esperando a garota que Mi-cha havia convidado por uma hora, mas ela não apareceu. Demos uma volta pelo shopping, e então resolvemos ir embora.
Saímos pelo estacionamento. Num dos lados do estacionamento tinha um canto que, muitas vezes, os garotos iam se reunir lá. Mas não eram boas pessoas. Os meninos pareciam se divertir, estavam numa roda, e estavam rindo muito. Os risos deles abafavam o som de alguém gritando.
Mi-cha: O que será que aqueles garotos tanto fazem? Eles parecem ser má influencia, mas mesmo assim parecem ser tão... felizes...
Percebi que Mi-cha estava encarando a rodinha.
Meiling: Nem tente se aproximar deles entendeu? Agora vamos embora.
Eu estava indo, devagar, para ela me acompanhar logo, quando ela disse algo.
Mi-cha: Espera... Aquela ali não é a...
Comecei a olhar, tentando encontrar a menina que Mi-cha falou que tinha visto, e sim, era uma menina da nossa sala.
Mi-cha pegou o celular.
Meiling: O que você ta fazendo?
Mi-cha: Vou chamar a poli...
Eu a interrompi.
Meiling: Pra que? Acha que vai adiantar alguma coisa?
Eu fiquei a encarando, esperando uma resposta.
Mi-cha: E o que você pretende fazer? Deixar ela lá? Não sei se você notou mas ela não parece muito a vontade lá...
Respirei fundo.
Meiling: Fique aqui.
Eu comecei a caminhar até onde a garota estava. Mi-cha começou a me seguir.
Mi-cha: MEI! ESPERA! VOCÊ NÃO PODE...
Meiling: EU MANDEI VOCÊ ESPERAR.
Ela parou na metade do caminho e ficou, enquanto eu continuei. Tinha um garoto sentado, estava de cabeça baixa e o cabelo tampava seu rosto, de forma que eu não conseguisse ver quem era. Tinha outros dois garotos segurando a menina, e outros dois se "divertindo" com ela. A menina estava quase chorando. Ela me viu.
Menina: MEILING!
Droga. Será que eu era a unica amiga de Mi-cha que não era escandalosa?
Os dois garotos se viraram para me olhar, e começaram a me provocar. Eu não estava com muita paciência.
Meiling: Vamos acabar logo com isso, eu tenho coisas mais interessantes pra fazer do que ficar aqui. Solta a menina logo.
Eles começaram a rir.
Um cara: Se não você vai fazer o que?
Ele começou a andar até mim, e a cada passo que ele dava em minha direção, eu dava um passo pra trás.
Meiling: Eu vou contar até três.
Eles ficaram me encarando. Coloquei minha mão na bolsa. 
Meiling: Um.
Pude perceber que eles estavam segurando a menina cada vez mais forte.
Meiling: Dois.
Agarrei meu nunchaku, mas não o tirei da bolsa. O pai de Mi-cha havia me dado um, escondido. Ele me treinava desde a época que eles me adotaram, eu não era uma ninja, mas sabia me defender se precisasse, eu sabia usar aquilo. 
Meiling: Três.
Tirei o nunchaku da bolsa, a qual eu joguei longe. Os dois que estavam me provocando começaram a rir, então comecei por atingir a cara deles, na mesma hora que eu acertei eles, eu dei um chute na boca do estomago de um deles, que caiu em cima do outro. Mas logo se levantaram. Foi tempo suficiente para eu chutar um dos outros garotos que seguravam a menina e puxa-la pelo braço. Como nem um nem outro estava esperando que eu os atacasse, eles estavam despreparados, e consegui fazer com que soltassem a menina. Mandei ela correr até Mi-cha. Os quatro garotos me cercaram. Eu não sabia mais o que fazer.
Falei para mim mesma, num sussurro.
Meiling: Droga.
O menino que estava sentado, se levantou, entrando na "roda" que os outros fizeram ao me cercar.
Menino: CHEGA.
Eu ainda não conseguia ver seu rosto.
Um cara: Acha mesmo que nós vamos te obedecer? Saia da frente se não quiser sair ferido daqui.
Menino: Saiam daqui.
Eles começaram a rir.
O menino tirou o nunchaku das minhas mãos, e atacou o garoto.
Menino: Eu disse para sair.
A voz do menino era fria.
Os outros três partiram pra cima do menino, que se defendia.
Menino: Corra.
Agora o menino falava comigo.
Meiling: Mas... 
Menino: EU DISSE CORRA.
Ele parecia se garantir. Concordei com a cabeça, peguei minha bolsa e sai correndo até onde as meninas estavam. Elas pareciam impressionadas.
Meiling: Vamos?
Eu fui andando na frente, e elas atrás. Fiquei apenas escutando a conversa. Acompanhei elas até onde pude, e depois fui direto pra casa.
Joguei minha bolsa no sofá e fui direto pro quarto. Deitei na cama. Estava cansada, com preguiça. 
Acabei lembrando de uma coisa importante. Pensei em voz alta.
Meiling: MEU NUNCHAKU!
Agora já era. Nunca mais veria aquele garoto de novo, e se eu visse, provavelmente nem lembraríamos do que teria acontecido. 
Fui tomar um banho, e logo em seguida fui pra sala assistir um pouco de tv. Acabei dormindo no meio de um filme. 
Acordei de madrugada e resolvi ir pro meu quarto. Quando cheguei lá, tinha alguém pulando a minha sacada, estava saindo do meu quarto. Acendi as luzes e fui até a sacada. Olhei pra cima, pros lados, pra baixo, mas não tinha ninguém. Eu ia apagar as luzes, e quando olhei pra minha cama, meu nunchaku estava lá.
Meiling: Mas o que?!...


Acordei com meus pés e mãos amarradas, e com a mesma pessoa que me fez desmaiar segurando meu queixo, de modo que eu pudesse olhar nos seus olhos. Minhas mãos estavam amarradas atrás das costas. Assim que eu acordei ele se afastou. Comecei a observar o lugar, e pude ver Matthew encostado numa parede, segurando o que parecia ser uma faca. Era um lugar sombrio, tinha paredes que pareciam que nunca foram pintadas, e logo a frente tinha uma parte mais elevada, onde ficava um tipo de trono.
Procurei ficar sempre de cabeça baixa.
Pessoa: Então essa é a garota?
Matthew: É.
Percebi que os dois estavam me encarando.
Pessoa: Ela é bonitinha.
Matthew pareceu não gostar do que escutou, mas não respondeu.
Pessoa: Azazel vai demorar pra chegar... Por que não nos divertimos um pouco?
Matthew: Não. Nick se você vai ficar ai me enchendo o saco por que não vai dar uma volta então?
Nick! Então era esse o nome do cara!
Nick: Por que você é tão sério? Já pensou em curtir a vida um pouco?
Matthew continuou em silencio, começou a brincar com a faca que estava em suas mãos. Nick veio até mim, se agachou e começou a mexer no meu cabelo. Eu realmente estava me sentindo incomodada com aquilo. Matthew apareceu do nada, e puxou Nick pela gola da camisa.
Matthew: Deixe a garota em paz.
Assim que terminou de falar, Matthew jogou Nick no chão e caminhou em direção a onde estava. Nick se levantou com dificuldade, e logo partiu pra cima de Matthew, que sem olhar pra trás, desviou do golpe de Nick, fazendo com que o mesmo perdesse o equilíbrio e quase caísse no chão.
Matthew: Atacando pelas costas? 
Matthew deu uma risada sarcástica, o que fez Nick tentar atacar Matthew novamente, dessa vez com magia. Para desviar, Matthew se abaixou.
Matthew: Você é apenas um aprendiz. Acha mesmo que...
Matthew foi interrompido pelo barulho de uma porta sendo aberta. Os dois foram para frente do trono e se ajoelharam. Conclui então que quem estava chegando era Azazel.
Azazel ficou apenas na frente do trono.
Azazel: Ah... Vejo que trouxeram a garota.
Os dois continuaram em silencio. 
Azazel: Hoje foi um dia longo. Amanhã eu cuido dela. Até lá, podem ir.
Matthew e Nick: Sim, mestre.
Os dois se levantaram e foram para uma pequena e simples porta no canto do local. Em seguida, Azazel se vira e caminha em direção a mesma, mas para no meio do caminho.
Azazel: Até amanhã, minha querida Yoko.
Então ele continua seu caminho. 
Yoko. Ele me chamou de Yoko. Não era a primeira vez que me chamavam de Yoko, mas eu nunca entendi o porque. Respirei fundo, agora eu estava sozinha. Estava com medo. Precisava colocar meus pensamentos em ordem. 
Meus olhos começaram a se encher de lagrimas, quando vejo Matthew vindo até mim, com uma faca. Eu não sabia se podia confiar em Matthew. 
Ele se agachou atrás de mim.
Matthew: Eu vou te soltar, mas não me ataque. Prometa.
Apenas concordei com a cabeça. Ele realmente cortou as cordas. Eu ia me levantar e fugir, mas ele me segurou. Tentei fazer com que ele me soltasse.
Meiling: ME SOLTA.
Matthew: Shhh... Você prometeu...
Ele ficou em cima de mim. Eu tentava empurra-lo, mas ele ainda era muito forte. Ele aproximou seu rosto do meu. Eu podia sentir sua respiração. Ele me beijou. Eu não estava entendendo mais nada. Ele ficou me encarando por um tempo.
Matthew: Vá.
Eu me levantei e concordei com a cabeça. Ele apontou para a porta barulhenta, que se abriu na mesma hora. Fiz minhas asas aparecerem e fui voando o mais rápido possível.



Eu estava com alguns amigos no shopping, num canto do estacionamento. Eu procurava sempre ser quieto e seco na presença deles. Meu rosto estava sendo tampado por uma parte do cabelo. Não queria que as pessoas achassem que eu era uma má influencia que nem os outros. 
Uma menina da minha sala passa por eles, e eles começam a provoca-la. Eu não podia fazer nada. Dois deles seguraram a garota, enquanto outros dois começaram a irrita-la cada vez mais. 
Eu fiquei surpreso quando a garota que meu pai pediu para proteger apareceu lá. A outra menina parecia conhece-la.
Menina: MEILING!
Meiling. Então esse era seu nome. Ela começou a ameaçar os outros garotos. Eu fiquei apenas observando. Ela tirou um nunchaku da bolsa, e começou a atacar os outros. Fiquei impressionado, nunca vi uma garota da minha idade lutar assim. Ela conseguiu fazer com que a menina ficasse livre para fugir, porem, os outros quatro a cercaram. Eu sabia que ela não iria conseguir lutar com eles sozinha, achei melhor interferir.
Matthew: CHEGA.
Um cara: Acha mesmo que nós vamos te obedecer? Saia da frente se não quiser sair ferido daqui.
Matthew: Saiam daqui.
Eles começaram a rir.
Matthew: Eu disse para sair.
Eu tirei o nunchaku das mãos de Meiling e comecei a ataca-los. Essa era a hora certa para ela fugir.
Matthew: Corra.
Meiling: Mas...
Matthew: EU DISSE CORRA.
Ela então pegou a bolsa e saiu correndo. 
Consegui deixar os outros quatro garotos bem cansados, e então eu sai correndo. Fui pra casa. Passei o resto do dia no meu quarto. Lembrei que eu estava com o nunchaku da Meiling, achei que era melhor devolver. Resolvi devolver de madrugada. 


Madrugada

Pulei a sacada do quarto de Meiling. Ela não estava lá. Deixei o nunchaku em cima da cama dela, mas quando eu estava indo embora ela me viu. Fingi cair da sacada, mas na verdade só me escondi debaixo dela, e então fui embora voando. 


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