quarta-feira, 24 de julho de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 21: De volta a escola! Mas...

Meiling: O que foi?
Ele não sabia o que dizer.
Matthew: Eu... achei que tinha escutado algo cair e... pensei que você havia se machucado ou algo assim.
Enquanto me direcionava a sala, dei continuidade ao assunto.
Meiling: Então você se preocupa comigo?
Matthew: É claro que não. Mas se você realmente tivesse se machucado, era capaz de me culparem por isso.
Meiling: Te culparem por que? Você é uma pessoa agressiva?
Nós já estávamos sentados no chão da sala em volta da mesa de centro, enquanto comíamos os brigadeiros.
Matthew: Ah sim. Muito.
Comecei a rir.
Matthew: Tá rindo do que?
Meiling: Nada...
Matthew: Acha que não sou agressivo?
Meiling: Não é isso que você aparenta.
Ele ficou pensativo.
Matthew: E o que eu aparento?
Meiling: Aparenta... ser um idiota. Vamos, temos que terminar isso logo.
Eu pensei em dizer o que eu realmente acho, além de idiota. Matthew é um menino que perdeu o pai muito cedo, mas sempre teve a mãe como melhor amiga. Ele desenvolveu um tipo de proteção, que o fazia parecer um idiota. Tenho pena da menina que goste dele, já que ele parece não saber o que é amar.
Ele começou a explicar sua ideia. Usaríamos no minimo três pedaços de isopor para fazer a base. Resolvemos que no dia seguinte ele também viria para minha casa, pois não daria tempo de terminarmos em um dia. No dia seguinte, ele disse que sua mãe pediu para que ele me desse cupcakes. Fingi que acreditei.
Fiquei ansiosa para a entrega do trabalho, e quando finalmente chegou, nós fomos os únicos que tiramos dez.


Era setembro. Um mês havia se passado desde a nossa volta. Todos nós já estávamos totalmente recuperados, incluindo Mi-cha. 
Matthew já havia organizado tudo para nossa volta. Nicholas não iria estudar conosco, claro, mas agora ele iria morar com Matthew, pelo menos por um tempo.
Fiquei imaginando como seria o nosso volta as aulas. Matthew e eu sempre nos odiamos, mas agora estávamos tão próximos...
Pensei alto.
Meiling: O que será que vão dizer?
Mi-cha: Sobre o que?
Mi-cha disse num sorriso, enquanto descia a escada. Terminei de amarrar meu tênis. Era nosso primeiro dia de aula depois de muito tempo. 
Meiling: Nada... Está pronta?
Mi-cha: Acho que sim.
Fomos caminhando. Os vizinhos pareciam estar surpresos de nos ver, alguns até perguntaram por onde a gente andou, mas dissemos que era segredo. Eles apenas riam e nos mandavam ir para a escola.
Quando chegamos, apenas os meninos nos repararam. Um deles ficou encarando até demais na minha opinião, então resolvi cortar o barato dele.
Meiling: Tá olhando o que?
Ele veio até mim.
Menino: Eu olho o que eu quiser.
Vários garotos que já me conheciam se aproximaram, formando uma pequena roda em volta de mim, Mi-cha, e o garoto. 
O garoto deu um sorriso malicioso.
Menino: E toco também.
Ele tentou me puxar pela cintura para mais perto dele, mas assim que ele me tocou, eu dei um chute em suas partes baixas. Aproveite o momento que ele estava frágil e o joguei no chão. A diretora chegou, e Matthew estava com ela.
Ela fez uma pergunta enquanto olhava para o garoto no chão.
Diretora: O que aconteceu aqui?
Logo em seguida ela me olhou.
Diretora: Ah, Mei... Mas é claro. 
Aqueles que já me conheciam riram. Sorri.
Diretora: Mi-cha e Meiling, por favor me acompanhem.
A diretora estava sempre sorrindo. Obedecemos. Ela nos levou para a sala dela.
Diretora: Sentem-se.
Novamente, obedecemos. Só havia duas cadeiras na frente da mesa da diretora, as quais Matthew e Mi-cha ocuparam. Então me sentei no tapete e coloquei minha mochila ao lado das deles, no sofá.
Tinha um cubo mágico na mesa no meio da sala, o qual eu fiquei brincando enquanto falava com a diretora.
Diretora: Vocês conseguiram? Derrotaram Azazel? Mataram?
Ela realmente sabia.
Matthew: Apenas o selamos. Ele não é mais um humano, então não conseguimos mata-lo.
Diretora: E vocês estão bem? Ainda estão machucados?
Aquela mulher parecia ser mais preocupada que a mãe de Mi-cha.
Matthew deixou para Mi-cha responder.
Mi-cha: Hã... não.
Diretora: Ótimo.
Logo em seguida, ela nos deu os boletins. Mi-cha me entregou o meu, já que eu estava concentrada demais no cubo.
Eu tinha certeza que iria tirar zero em tudo, mas então percebi que nos três bimestres, nós tínhamos dez em todas as matérias.
Acabei pensando alto, de novo.
Meiling: Mas como...
Diretora: Agora se esforcem para o quarto bimestre.
O sino tocou, iria começar as aulas. Fomos para a nossa sala, os lugares meu, de Matthew, e de Mi-cha, não haviam mudado. 
Matthew falava com os garotos como se nada tivesse acontecido, como se nunca tivesse sumido. As meninas ignoraram Mi-cha por um tempo, e logo depois começaram a falar com ela. Quanta falsidade.
Fiquei surpresa dos professores não terem comentado algo quando nos viram. Eles apenas nos trataram como os outros alunos que estavam la durante todo esse tempo.
Durante as aulas, pude escutar algumas meninas falando mal de Mi-cha. Me senti mal por ela estar sendo enganada.
Uma das meninas: Olha pra ela. Que roupa mais tosca.
Outra menina: Tosca que nem ela.
Procurei voltar a ter atenção nas minhas anotações, mas não consegui.
Uma das meninas: O importante é que ela acha que gostamos dela, assim ela também gosta da gente. Lembra dos presentes de natal que ela nos deu ano passado? Eram caríssimos  Ela tem sorte de ter uma mãe como a dela, por que o pai...
A outra garota, que escutava com atenção cada palavra, começou a rir e o professor pediu silêncio.
Eu não sabia com o que eu estava mais irritada: sobre elas falarem mal de Mi-cha, ou sobre falarem mal sobre o pai dela. 
O sino para o intervalo bateu, Mi-cha resolveu ir comigo comprar algo para comer. Muita gente ainda nos encarava, mas ignoramos.
Comprei uma garrafa de água e um chocolate, e Mi-cha comprou algumas balas.
Na volta, nos encontramos com as "amigas" de Mi-cha.
Uma das meninas: MI-CHA! Finalmente você voltou. Por onde você esteve? Nós ficamos preocupadas!
Aquela menina devia virar atriz. Mi-cha não demonstrou felicidade ao vê-la, como sempre fazia.
Mi-cha respondeu friamente.
Mi-cha: Ficaram preocupadas de não ganhar um presente de aniversário também?
Elas não sabiam o que dizer.
Uma das meninas: Do que você está falando?
Mi-cha deu uma risada sarcástica.
Mi-cha: Da sua conversa durante a aula.
A garota deu um sorriso.
Uma das meninas: E você tem como provar? Entenda uma coisa: você é apenas a garota "fofa" e "inocente". Você vai fazer o que? Vai sair por ai dizendo que falamos mal de você? Acha que vai fazer com que os outros nos odeiem? Sabe que isso não vai acontecer. Se você parar de falar com a gente, vão te encher de perguntas. O que você vai responder? A verdade? Você não tem saída, a não ser que queira ser odiada por todos.
Mi-cha sorriu. Aquela conversa estava interessante, agora que Mi-cha mostrava sua verdadeira força. 
Mi-cha: Eu não vou fazer nada.
Mi-cha saiu andando, de volta para sala. Eu a segui, claro. Percebi que as outras garotas estavam com muita raiva.
Meiling: Agora você terá que se cuidar... Elas parecem ser perigosas.
Mi-cha: Não me importo.
Chegamos na sala e fomos para nossas carteiras. Matthew não havia falado comigo o dia todo. Achei que ficaríamos mais próximos nas aulas, depois de tudo o que aconteceu, mas parece que eu estava errada.
Olhei para a minha mesa, havia um bilhete que dizia "me encontre no fim da aula". Escrevi atrás dele "ok" e coloquei na mesa de Matthew. Não estava assinado, mas de quem mais seria?
O sino para o retorno das aulas bateu.
No meio da aula, Matthew me passou um bilhete. Quando eu li, fiquei surpresa. Dizia que não foi ele que mandou.
As aulas passaram devagar. Quando finalmente o sino para o fim da aula bateu, respirei fundo. Quem diabos eu iria encontrar?
Não contei para Mi-cha.
Descemos. Mi-cha estava implorando para eu ir para sua casa. Minhas desculpas estavam acabando.
Mi-cha: UNNIE! Por favor! Eu...
Ela parou a frase quando olhou para frente. Nicholas estava esperando por ela, mas estava conversando com a garota que havia falado mal dela mais cedo. 
Matthew passou por Nicholas e o cumprimentou, mas nem se querer parou para dizer algo. Ele estava indo a algum lugar com outros meninos de nossa sala.
Mi-cha: Unnie...
Eu sabia o que ela iria dizer.
Meiling: Vai com ele logo.
Ela sorriu e foi correndo. Sentei em cima de uma das mesas do patio e fiquei observando tudo de longe. Quando a garota viu Mi-cha se aproximando, ela tentou puxar Nicholas para algum lugar. Mi-cha foi mais rápida. Não consegui ouvir muito bem, mas parecia que ela havia dado oi e logo em seguida, o beijou. Parecia que todas as meninas pararam o que estavam fazendo para assistir aquilo. Os dois saíram de mãos dadas. Assim que Mi-cha sumiu da vista delas, a garota que tentou arrastar Nicholas para algum lugar chutou uma lata de lixo próxima. A diretora, que passou na hora do chute da garota, a mandou recolher todo o lixo que havia caído da lata. Muita gente tirou fotos daquilo.
Fiquei esperando. Parecia que ninguém ia aparecer, então resolvi ir embora. 
Quando eu estava saindo da escola, alguém me chamou.
Alguém: EI! MEI!
Me virei. Eu não acreditava no que estava vendo.


Meiling: O que foi?
Eu não sabia o que dizer.
Matthew: Eu... achei que tinha escutado algo cair e... pensei que você havia se machucado ou algo assim.
Enquanto ela ia pra sala, continuou o assunto.
Meiling: Então você se preocupa comigo?
Matthew: É claro que não. Mas se você realmente tivesse se machucado, era capaz de me culparem por isso.
Meiling: Te culparem por que? Você é uma pessoa agressiva?
Nós já estávamos sentados no chão da sala em volta da mesa de centro, enquanto comíamos brigadeiros.
Matthew: Ah sim. Muito.
Ela começou a rir. Não entendi a graça.
Matthew: Tá rindo do que?
Meiling: Nada...
Matthew: Acha que não sou agressivo?
Meiling: Não é isso que você aparenta.
Fiquei pensativo. Como assim eu não aparentava ser agressivo? Então ela me achava o que? uma pessoa fofa?
Matthew: E o que eu aparento?
Meiling: Aparenta... ser um idiota. Vamos, temos que terminar isso logo.
Não sei se foi impressão minha, ou ela realmente queria dizer outra coisa. Ela mudou de assunto muito rápido, na minha opinião.
Eu comecei a explicar minha ideia. Usaríamos no minimo três pedaços de isopor para fazer a base. Resolvemos que no dia seguinte eu voltaria para sua casa, pois não daria tempo de terminarmos em um dia. 
Quando cheguei em casa, contei para minha mãe como havia sido. No dia seguinte, ela mandou eu levar alguns cupcakes para Meiling. Eu não achei uma má ideia, mas não queria fazer isso. O que ela iria pensar de mim? Tinha certeza que ela iria rir da minha cara ao saber que eu cozinhava. Resolvi então fazer, e dizer que foi minha mãe.
Quando eu entreguei, ela pareceu acreditar.
Terminamos o trabalho. Quando chegou a data de entrega, todos nós estávamos ansiosos. Eu e Meiling fomos os únicos que tiramos dez.



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