domingo, 21 de julho de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 20: Isso não pode ser o fim

Era sábado, o dia em que Matthew iria na minha casa pela primeira vez. Fiz alguns brigadeiros, além de ter comprado vários materiais diferentes. Eu precisava da nota, a professora era muito exigente.
Afastei os sofás, deixando apenas a mesa de centro no lugar, assim teríamos bastante espaço.
Ele chegou depois do almoço.
Sentei no chão. Até então ele permanecia em pé.
Meiling: O que vamos fazer?
Matthew: Qual a proposta?
Peguei a folha que a professora havia dado com a proposta do trabalho, que estava na mesa de centro. Comecei a ler em voz alta.
Meiling: O trabalho deverá ser uma maquete de uma história inventada pela dupla. A maquete (assim como a história) deverá ter começo, meio, e fim.
Seria duro. Matthew respirou fundo.
Matthew: Vamos começar.
Ele se sentou no sofá. Peguei dois cadernos e canetas que havia por perto, e dei um deles para ele.
O sofá era de três lugares, Matthew estava sentado no ultimo, e eu no primeiro. Tinha um grande espaço no meio que graças a Deus nos separava.
Depois de um tempo, ele mostrou resultado.
Matthew: Olha.
Ele me entregou o caderno e comecei a ler. Era uma ótima história. Devolvi o caderno para ele, e mostrei o que eu tinha feito. Matthew arrancou o caderno de minhas mãos e começou a ler. Poucos minutos depois, ele começou a escrever algo em seu caderno e me entregou, eu li. A história havia passado de ótima a perfeita.
Meiling: Perfeita!
Fomos até o centro da sala, e enquanto ele escolhia o material para fazermos a maquete, eu fui pegar os brigadeiros que havia deixado na cozinha. Quando me virei para voltar para a sala, vi um vulto. Matthew apareceu na cozinha assim que o vulto sumiu.



A removi, esperando que Azazel caísse duro, mas a unica coisa que obtive foi risadas sarcásticas.
Azazel: Já brincou o suficiente?
Minha expressão foi de surpresa e medo. O circulo de fogo sumiu. Azazel fez um corte profundo na minha barriga, e logo em seguida me jogou para o outro lado da sala. Mi-cha veio correndo até mim.
Mi-cha: UNNIE!
Ela se abaixou para ver o ferimento. Azazel se aproximou, se abaixando ao lado de Mi-cha.
Azazel: Já fazia um tempo que não nos víamos... Mi-cha.
Ela se assustou e se afastou. Azazel começou a rir. Olhei para seu peito, não havia nem uma gota de sangue. Percebi então que não havia sangue em seus lábios, era apenas a pura carne "humana".
Vi Matthew tentando atacar Azazel pelas costas, mas Nick o impediu. Logo em seguida, Nicholas entrou na briga dos dois, tentando distrair Nick para Matthew fazer algo, e deu certo.
Matthew tentou atacar Azazel pelas costas, que desviou e quase fez com que eu fosse acertada. Aproveitei a oportunidade para me levantar e, mesmo sangrando, voltar a lutar contra Azazel. Fiquei ao lado de Matthew. 
Azazel, que estava no chão, se levantou.
Azazel: Vejo que... você quer morrer igual seu pai, Matthew.
Assim que ele disse isso, meu colar começou a brilhar e tudo ficou escuro. Senti meu corpo cair no chão. Comecei a ver algo, e então entendi que era uma das visões.
Mi-cha estava caída no chão, sangrando. Nicholas também, mas estava em melhores condições que ela. Percebi que Mi-cha estava quase morta. Então, vi Azazel abaixado, e alguém jogado no chão. Não consegui ver quem era, pois ele estava na frente. Quando saiu, vi que era Matthew. Azazel acabara de retirar sua adaga do peito de Matthew.  Senti uma lagrima escorrer pelo meu rosto. Azazel veio até mim, ele ia me matar, mas alguém aparece na frente para me defender. Era nick.
Tudo voltou ao normal. Meu colar não brilhava mais, e eu estava caída no chão, no canto do local. Olhei em volta, e tudo estava exatamente como na visão. Matthew estava morto, e Mi-cha estava quase. Nicholas segurava a mão dela, preocupado. Ele, mesmo estando em condições melhores que as de Mi-cha, não tinha mais forças para lutar.
Azazel disse, agora olhando para mim.
Azazel: Vamos acabar logo com isso.
Ele tentou me atacar, mas Nick apareceu do nada e me defendeu. Ele estava de que lado afinal?
Enquanto Nick me defendia, ele me mandou ir até Matthew. Fiquei na duvida se devia fazer isso, até que ele mandou pela segunda vez, dessa vez com mais agressividade.
Azazel: Como ousa me trair? Eu te criei.
Nick: Não me importo com você. Nunca me importei.
Enquanto isso, eu fui até Matthew. Minhas lagrimas começaram a cair. Percebi algo brilhando perto de sua cabeça, eram três pequenas pedras, lindas pedras. Duas daquelas três foram as quais Matthew pegou nos acampamentos, e a outra era a que se formou do sangue de Yoko. As peguei, e elas se juntaram, formando uma só. Meu colar foi atraído para a pedra, como um imã. A minha ametista do colar se juntou com a pedra, formando uma só. Uma grande explosão de luz aconteceu. Minhas asas se abriram sozinhas e percebi que eu estava no ar. Senti um grande poder dentro de mim. Aquela era a hora de acabar com tudo, acabar com a luta, era o momento que eu tinha forças suficientes para isso e não podia desperdiça-lo.
Meiling: NUMINA SANCTA!
Feixes de luz saíram do meu corpo, e até onde pude ver, eles destruíam o lugar que atingiam. Os feixes começaram a sair de meus olhos também, e não consegui ver mais nada.
Finalmente, quando o efeito do feitiço acabou, eu cai no chão, mas não me machuquei. Azazel estava jogado em um dos lados da sala, afastado de sua adaga. Foi a oportunidade perfeita para eu pegar a arma. Percebi que ela tinha um rubi, que parecia fazer parte da decoração dela. 
Fui até Mi-cha, fiquei surpresa por ela ainda estar viva. 
Mi-cha: Mei...
Ela tentou se levantar mas não conseguiu, estava fraca demais.
Nicholas se virou.
Nicholas: Onde está o M...
Ele não terminou a frase. Parecia não acreditar no que viu. Ele olhou fixamente para mim.
Nicholas: Meiling! Por favor, me diga que aquele não é...
Meus olhos se encheram de lagrimas antes dele terminar a frase e ele parou. Concordei com a cabeça.
Ele parecia não acreditar, e foi correndo até o corpo. 
Nicholas: Cara, para de brincadeira. Acorda.
Nenhum sinal. Nicholas tentou ressuscita-lo com um daqueles métodos que aprendemos quando crianças, mas não funcionou. Novamente, lagrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. 
Tentei tirar o colar, já sabendo que não conseguiria, mas por incrível que pareça, dessa vez eu consegui. Fiquei surpresa. Coloquei o colar no pescoço de Matthew. 
Mi-cha: Ma-Matthew?
Eu e Nicholas nos viramos, estávamos sentados no chão. Vi um rastro de sangue, era de Mi-cha. Ela havia se arrastado até nós. Seus olhos se encheram de lágrimas. Eu ainda estava com a adaga na mão.
Meiling: Mi-cha...
O colar começou a brilhar, e Matthew voltou a sua cor normal. Aos poucos, Matthew foi abrindo os olhos.
Matthew: M...Mei...
Ele passou a mão pela adaga. Permanecia em silencio. Ele arrancou a adaga de minha mão, e me empurrou para o lado, enfiando-a no peito de Azazel. Ele estava atrás de mim e eu não havia percebido. Azazel segurava um rubi igual o de sua adaga, junto com uma estaca.
A adaga virou um grande rubi, e o corpo de Azazel virou pó. Todos estávamos surpresos.
Matthew arrancou o colar e respirou fundo. Ele me abraçou. Ficamos em silencio por um tempo.
Matthew: Você está bem?
Eu estava chorando tanto que não conseguia falar. Apenas afirmei com a cabeça. Senti Matthew amarrando o colar novamente no meu pescoço. Finalmente nos soltamos.
Estávamos todos sangrado. 
Decidimos ir para um hospital publico perto. Esperaríamos a mãe de Matthew lá. Nicholas foi carregando Mi-cha no colo, já que ela mal podia se mexer. Todos na rua ficavam nos encarando. Sinceramente, não sei o que mais chamava a atenção: nossas armas, ou o sangue. Quando chegamos, as crianças que estavam esperando ficaram pedindo para brincar com nossas armas. É óbvio que não deixamos. Matthew pediu para a recepcionista para fazer uma ligação, e sua mãe chegou poucos minutos depois.
No carro, Matthew foi na frente, com sua mãe, enquanto eu, Nicholas, e Mi-cha fomos atrás. Mi-cha foi deitada no meu colo e de Nicholas.
A mãe de Matthew nos levou para um hospital particular. Pediram para nós ficarmos um mês "sem nos meter em encrencas". O caso de Mi-cha era mais grave, mas teria cura. Ela precisaria se tratar muito bem. 
Ela não voltou para casa depois que fomos embora. Ela ficaria comigo até melhorar, e quando voltássemos para as aulas no próximo mês, ela finalmente iria para casa. Nicholas ficaria com Matthew. 

De madrugada:

Eu ainda sentia muita dor. Estava sem sono. Provavelmente havia me acostumado a ir para a beira do lago de madrugada. 
Fui até a sacada. O céu era mais bonito no acampamento, sem duvidas. 
Comecei a pensar em como havia sido o dia. Realmente cansativo. Lembrei então de Nick. Ele me defendeu. Eu não o vi depois que tudo acabou. Fiquei pensando se ele havia morrido.
Lembrei também que Matthew resolveu esconder o rubi em forma de adaga no rio que passava nos fundos da caverna de Azazel. Ninguém, além de Nick, Azazel, e ele mesmo, sabiam daquele lugar, então a alma selada de Azazel estaria segura.
Respirei fundo. Era hora de dormir.



Era sábado, o dia que eu iria na casa de Meiling para fazer o trabalho. Fazia um tempo que eu não ia na casa dela. 
Essa era a primeira vez que eu iria na casa dela, sendo convidado.
Quando cheguei, os sofás estavam afastados, apenas a mesa de centro estava no lugar. Ela se sentou no chão.
Meiling: O que vamos fazer?
Matthew: Qual a proposta?
Ela pegou a folha que a professora havia dado com a proposta do trabalho, que estava na mesa de centro. Meiling começou a ler em voz alta.
Meiling: O trabalho deverá ser uma maquete de uma história inventada pela dupla. A maquete (assim como a história) deverá ter começo, meio, e fim.
Ia ser difícil. Respirei fundo.
Matthew: Vamos começar.
Me sentei no sofá. Ela pegou dois cadernos e canetas que havia por perto, e deu um deles para mim.
O sofá era de três lugares, eu estava sentado no ultimo lugar, e Meiling no primeiro. Tinha um grande espaço no meio que nos separava.
Depois de um tempo, mostrei meu resultado.
Matthew: Olha.

Ela leu e pareceu gostar, então me mostrou o seu resultado. Estava bom. Resolvi misturar um pouco da história dela com a minha, então entreguei para ela.
Meiling: Perfeita!
Fomos até o centro da sala, e enquanto eu escolhia o material para fazermos a maquete, ela foi pegar algo na cozinha. Eu esperava que fosse comida.
Nesse pouco tempo, escutei a voz de Nick.
Nick: Ela é linda não é?
Para Nick aparecer assim, com certeza não poderia ser coisa boa. Vi seu vulto passar por mim e ir para a cozinha, onde Mei estava. Fui correndo até lá, mas não o vi.




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