quarta-feira, 17 de julho de 2013

Anjos Caídos - Capitulo 19: Finalmente, a luta.

A professora de artes estava montando duplas para um trabalho. Ele recuperaria todas as notas abaixo da médias que havíamos tirado naquele bimestre, que por incrível que pareça, foram muitas. Ela disse que não nos daria a liberdade de escolher porque quando escolhemos tiramos nota baixa, então ela queria testar a maneira dela.
Professora: Matthew e... 
Ela olhou para todos os alunos. Faltava apenas eu, Matthew, Mi-cha, e uma das inimigas de Mi-cha. Se Matthew fosse comigo, Mi-cha ia com a inimiga. Se Mi-cha fosse comigo (o que seria impossível, já que sempre íamos juntas), Matthew ia com a inimiga de Mi-cha, e se Matthew fosse com Mi-cha, eu ia com a inimiga de Mi-cha. Eu preferia ir com a inimiga de Mi-cha ou com Mi-cha.
Professora: Meiling.
Eu e Matthew nos levantamos e gritamos juntos.
Meiling e Matthew: O QUE? NÃO!
Professora: Eu não estou perguntando.
Eu e Matthew nos sentamos.
Professora: Bom, agora que todos sabem quais são suas duplas, espero que façam um ótimo trabalho para recuperar as notas.
O sino para o fim da aula bateu.
Eu estava saindo com Mi-cha, quando Matthew me chamou.
Matthew: Mei. Nesse fim de semana, na sua casa tá?
Meiling: Porque não na sua?
Ele apenas me ignorou e saiu com os amigos. Chutei uma lata de lixo vazia, que rolou escada abaixo. A zeladora não gostou da minha atitude, mas não falou nada e nem contou para alguém.


Fiquei surpresa. Eu o abracei também. Pouco tempo depois, senti outras pessoas nos abraçando, era Mi-cha e Nicholas. Aquilo virou um abraço em grupo.
Ficamos todos sentados na beira do rio, em silencio. Talvez, todos com o mesmo pensamento: o que iria acontecer? Todos nós iriamos ficar bem? Iriamos conseguir nos livrar de Azazel e voltar para casa com a certeza de que não levaríamos problemas para o nosso "mundo"?
Olhei para o lado, Mi-cha estava dormindo, com a cabeça deitada no ombro de Nicholas. Sorri. Parecia que ela havia encontrado o "príncipe" que ela sempre sonhou. Matthew estava olhando para a lua. Ele parecia estar... frágil,  não fisicamente mas sentimentalmente.
Matthew: Você está bem?
Eu o encarei. Ele ainda não me olhava.
Meiling: Acho que... eu que devia perguntar isso.
Ele me olhou, mas logo depois voltou a dar atenção para o céu.
Passamos a noite inteira acordados, falando pouco ou nada. Nicholas e Mi-cha acabaram dormindo abraçados. Eles pareciam estar apaixonados um pelo outro. 
Se apaixonar... já estava na hora de eu tentar também. NÃO! Eu não podia fazer isso, pelo menos não agora, nessa batalha. Eu tinha que ter concentração total.

No dia seguinte:

Eu vesti as roupas que ganhei, e Mi-cha prendeu meu cabelo num rabo de cavalo alto. Estávamos todos armados, torcendo para não encontrar ninguém no caminho para a caverna de Azazel, poderíamos ter problemas se nos pegassem carregando katanas por ai. 
Matthew deixou as nossas coisas do acampamento na minha casa, e então fomos. Combinamos de não chegar atacando. 
Matthew abriu a passagem, e assim que entramos eu fui arrastada para o meio do local. Um grande circulo de fogo surgiu, deixando os três para o lado de fora. Eu ainda não via Azazel, porem, vi Nick, também do lado de fora. Azazel queria uma luta justa? Com certeza deveria ter algo por trás, nunca imaginei que um demônio pudesse ser justo.
Ele então apareceu, sorrindo.
Azazel: Pensei que não viria.
Permaneci calada. Ele lançou um olhar para Mi-cha, que, talvez por medo, recuou dois passos e ficou pronta para atacar. Azazel riu. Ele brincava com uma adaga de prata. Com certeza estava esperando eu atacar, mas não iria cair nos planos dele, seja lá qual fosse eles.
Matthew não parava de olhar para a adaga.
Azazel pegou uma espada e a jogou em direção a mim. Me joguei para o lado. Por pouco não fui atingida. A espada foi devorada pelas chamas. Azazel continuava a sorrir, ele devia estar achando graça de tudo aquilo.
Ele começou a andar até mim, eu ainda estava no chão. Mãos começaram a sair do fogo, tentando me segurar. Levantei e me afastei delas. 
Azazel estava na minha frente. 
Azazel: Pensei que isto seria mais divertido... e demorado.
Ele se preparou para atacar, mas eu fui mais rápida  atacando-o não com magia ou com a arma, mas sim com um mawashi geri, um golpe que o pai de Mi-cha me ensinara quando eu era menor. Azazel caiu no chão, seu lábio sangrava. Fiquei pronta para me defender de qualquer ataque.
Ele se levantou, novamente rindo.
Azazel: Não deveria ter feito isso.
Ele tentou me socar, mas eu novamente desviei. Resolvi começar a usar magia. Me afastei um pouco e o ataquei.
Meiling: Sagittábunt ignis!
Tentei atirar uma bola de fogo, mas ele desviou. O fogo atingiu o circulo. Tentei atacar usando o mesmo feitiço mais vezes, pelo menos uma deveria acertar ele. Estava errada.
Azazel: É o melhor que pode fazer?
A minha ultima opção era a katana. Avancei nele, e ele só se defendia com a adaga. Ele fez alguns cortes nos meus braços, mas nada sério. Finalmente, perfurei seu coração.



A professora de artes estava escolhendo as duplas para um trabalho que recuperaria as notas baixas que havíamos tirado naquele bimestre, que não foram poucas. Ela disse que iria escolher as duplas, porque sempre que nós escolhíamos acontecia algum problema.
Professora: Matthew e...
Ela iria me colocar ou com Meiling, ou Mi-cha, ou uma outra garota que, pelo o que eu notei, as outras duas não se davam bem.
Professora: Meiling.
Eu até gostei da ideia, mas nunca havia feito um trabalho com ela, somente com Mi-cha. Não queria deixar que os outros percebessem que eu havia gostado, então reagi.
Meiling e Matthew: O QUE? NÃO!
Professora: Eu não estou perguntando.
Eu e Meiling nos sentamos.
Professora: Bom, agora que todos sabem quais são suas duplas, espero que façam um ótimo trabalho para recuperar as notas.
O sino para o fim da aula bateu.
Eu estava saindo com os outros garotos, iriamos para o bosque perto de minha casa jogar um pouco. Vi Meiling e Mi-cha saindo, então resolvi marcar quando iriamos fazer nosso trabalho
Matthew: Mei. Nesse fim de semana, na sua casa tá?
Meiling: Porque não na sua?
Eu ignorei a pergunta, não queria que minha mãe me visse com Meiling, pelo menos não tão cedo. Caso algo desse errado, ela me encheria o saco.





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