terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Um novo level - Capítulo Especial de Natal

Nota: Este capitulo NÃO interfere na história. Ou seja, é um capitulo avulso, separado, que não afetará a história atual.
Nota ²: Este capitulo será narrado em terceira pessoa, ou seja, narrador-observador, portanto não terá os gifs para separar cada personagem.
Nota ³: Neste capítulo haverá spoiler(s) de algum(ns) próximo(s) capítulo(s).

- Está quase na hora! - Luna gritou do seu quarto para os outros três amigos presentes em sua sala. 
Caminhando apressadamente até o local onde seus amigos estavam, escutou o relógio avisar que eram dez da noite. 
- Logo eles chegam - Sarah estava mexendo em alguns livros da estante que ficava no lado direito da sala, perto da porta. Sentando-se numa das cadeiras que ficavam na frente da lareira, Luna tentava relaxar. Nunca convidara outras pessoas para sua casa em Guilenor, muito menos para um jantar ou algo parecido. Escutando seu mordomo falar com alguém do lado de fora da casa, se levantou e foi até a porta, esperando os convidados.
- Feliz natal! - Quem disse foi Holstenan. Atrás dele, estava Yann, que estava um tanto sem jeito.
- ... Não falta mais ninguém? - Yann olhou para trás, e quem respondeu foi Holstenan.
- Parece que Kalestri irá se atrasar.
- Com sorte, talvez ele nem venha - Após a fala, Holstenan deu um leve tapa na cabeça de Yann.
Yann começou a andar pela casa para conhece-la, e Holstenan começou uma conversa com Mahoma. 
- Se ele demorar, não o espere. - A sugestão veio de Scarlet, que já havia se levantado e se juntado a Sarah para observar a estante, cedendo as cadeiras aos garotos. 
Pensando se deveria ou não esperar, resolveu aguardar mais alguns minutos e foi até as duas garotas para conversar. Elas não pareciam querer se socializar com o resto dos garotos, e em sua conversa parecia não haver espaço para Luna.
Ficando então na porta, começara a ficar impaciente com a demora do príncipe. Quando finalmente decidiu começar a ceia sem ele, Kalestri entrou pela porta da sala, seguido de um desconhecido e do mordomo que o atendera. Todos se viraram para encarar o visitante. 
- Quem é esse? - A pergunta veio de Yann. Kalestri se virou para o garoto que o acompanhava, aparentemente tímido.
- Ah, este é o meu servo. - Andando até o centro da sala, olhou para os lados e uma expressão curiosa foi estampada em seu rosto - Então, onde é a sala de jantar? Vocês não comeram sem mim certo? 
- Pra que um servo? - Luna perguntou, indignada com a atitude do príncipe.
- Eu não sabia se o atendimento aqui ia ser bom, afinal, nunca fui convidado e você nunca me deixou entrar quando eu queria fazer uma visita surpresa. Então trouxe meu próprio servo.
Indo até o servo, Luna o convidou para jantar, não como servo mas sim como um convidado como qualquer outro ali. 
- Você não precisa trabalhar hoje! É véspera de natal! - Luna sorria para o servo, que, com um sorriso tímido, agradeceu pela folga e pela comida. Kalestri não pareceu gostar daquilo, mas permaneceu em silêncio.
Depois que tudo se acalmou, o mordomo guiou os convidados para uma sala de jantar comum, com vários pratos diferentes e uma bela decoração de natal. Após todos se sentarem, a conversa começou a fluir durante o jantar.
- Por que você demorou? - Holstenan perguntou, enquanto enchia seu prato pela segunda vez.
- Enquanto eu vinha, encontrei uma caravana de Bandos e resolvi ajudar.
- Vai começar... - A reclamação veio de Luna. Algum tempo depois da chegada do grupo de amigos, uma guerra entre os deuses começara, e eles pediam ajuda para seus seguidores. Luna nunca seguiu algum deus seriamente, e por isso, muitas vezes, não conseguia entender os assuntos relacionado a isso. 
- Não sei porque você ainda ajuda Bandos... Todo mundo sabe que Armadyl irá ganhar. - Holstenan começava a provocar Kalestri - Se eu fosse você, trocava de lado enquanto da tempo!
- Não meu amigo, você está errado. A paz é para os fracos. - Ele se levantou - OS FRACOS MORREM E OS FORTES PREVALECEM! TODA A GLÓRIA PARA O DEUS SUPREMO DA GUERRA!
- Você é retardado... - Luna disse, numa voz baixa.
- Por que acha isso? Eu estou errado por algum acaso? - Kalestri realmente estava afim de arrumar briga.
Em coro, todos menos Sarah e Scarlet (que tinham o costume de evitar as conversas relacionadas ao mundo que viviam atualmente) responderam com um agressivo "sim" a pergunta de Kalestri. 
A discussão continuou por longas duas horas. Nesse ponto, Scarlet e Sarah já haviam ido embora. 
Ficando irritada, Luna foi até sua estante de livros e pegou um mapa. Ao voltar para a sala de jantar, o abriu e fez todos ficarem quietos.
- CHEGA. - Ela apontou para o sinal de uma das caravanas de Armadyl e em seguida para uma de Bandos. Ela estavam indo na mesma direção e logo se encontrariam. - Se vocês querem saber quem é o melhor, participem dessas caravanas. Quando elas se encontrarem, irão lutar.
Eles se entreolharam.
- Vamos. - Holstenan foi o primeiro a levantar, seguido por Kalestri. Yann hesitou por um momento mas os seguiu. Acompanhando-os até a saída, Luna desejou um bom natal a todos. Depois de alguns minutos, Mahoma e o servo de Kalestri também foram embora.
Respirando fundo, Luna se sentiu mal por estar feliz que todos já haviam ido embora.
- Peter - Luna chamou o mordomo
- No que posso ajuda-la, senhorita? 
- Apenas me lembre de no próximo ano, não repetir o evento ok?
O mordomo sorriu.
- Com certeza, senhorita.
Desejando feliz natal, Luna pediu para que ele fosse passar o natal com a família e só voltasse após o ano novo. Feliz, o mordomo o fez.
Extremamente cansada, Luna foi direto para a cama e adormeceu.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Um novo level - Capitulo 6: Chegamos

Scarlet

Luna: NÓS ESTAMOS EM KALABOSS!
Todos nos viramos para ela. Pela sua expressão facial, era fácil perceber que estava impressionada. Kalestri, Yann e Holstenan pareciam ter estranhado a surpresa dela. 
Quando ela disse isso, senti que foi um erro termos seguido os três garotos até ali. Ao contrário do jogo, não teríamos um botão para fechar a janela caso não quiséssemos mais jogar.
As escadas nos levaram para uma sala vazia. Suas paredes eram feitas de pedras cinzas que pareciam se encaixar perfeitamente uma nas outras,e com colunas desenhadas com algo que não consegui identificar. Neve se espalhava ao redor da sala, e então percebi que uma das paredes estava extremamente quebrada. Me aproximei, com cuidado, mas a unica vista que o estrago permitia, era de mais neve. 
Percebi que os três garotos estavam a nos esperar, então resolvi chamar a atenção de Sarah, Luna e Mahoma.
Scarlet: Bom, por onde saímos?
Escutei um deles dizer "finalmente" mas não consegui diferenciar a voz.
Holstenan: Por aqui.
Os seguimos até uma pequena porta, e vimos algo semelhante a um curto escorregador, coberto inteiramente de neve. A diferença, é que esse "escorregador" não ia até o chão, e não havia grama ou areia em baixo para não nos machucarmos. O chão era de pedra.
Kalestri foi o primeiro. Ele pisou na neve e logo em seguida escorregou, então percebi que era mais curvado do que eu imaginava. Queria saber se ele caiu ou não, mas não arrisquei me curvar, com o medo de escorregar e cair.
Yann também escorregou e logo em seguida foi Holstenan.
Holstenan: É a vez de vocês
Nos entreolhamos. Sarah foi a primeira. Ela pisou na neve, e logo em seguida escorregou. Mahoma foi o segundo e eu fui a terceira. Era evidente que Luna estava com medo de descer.
Mahoma sussurrou para mim.
Mahoma: Ela tem medo de altura.
Fazia sentido agora.
Ela se aproximou lentamente, mas foi pega de surpresa pela curva e escorregou. Sarah fez uma pequena e discreta comemoração, por Luna ter superado seu medo. Alguma brincadeira entre elas, provavelmente, já que ela nunca fizera algo assim comigo ou com Mahoma.


Mahoma

Dei uma olhada ao redor. Na frente, havia duas salas, e entre elas, o que eu achava ser a saída, com dois homens, um vestido de um azul chamativo, e outro com roupas cinzas. Este ultimo segurava uma espada e vestia um elmo.
Olhando para os outros lados, vi mais salas, e duas escadas. Segui com os olhos para onde elas levavam, e a unica coisa além de salas que consegui ver, foi uma estatua. Eu estava muito longe identificar do que era a estatua.
Mahoma: Para onde vamos agora?
Os três se olharam, como se conversassem pelo olhar. Kalestri se manifestou.
Kalestri: Aaaaaaaarg! Mas eu não quero andar!
Holstenan começou a caminhar na frente, e Yann empurrava Kalestri.
Yann: Vamos, principezinho. A realeza também precisa de exercícios físicos.
Luna segurava uma risada.
Fomos atrás deles. Passamos pelos dois homens, e então descemos uma escada também coberta de neve. Uns três metros mais a frente, não havia mais neve. Olhei para a direita, e percebi que havia um acampamento lá.
Seguimos em direção à esquerda, onde só havia rochas. 
Pouco tempo depois, viramos à direita e descemos uma escada de rochas improvisada. Pelo estado dela, parecia estar sendo utilizada há muito, muito tempo.
Dessa vez, não havia mais nenhum sinal de neve, mas tinha algumas... galinhas? 
Olhei para um dos lados, e vi uma fonte quebrada, com a escultura de dois peixes juntos.
Descemos mais duas escadas e então, em meio a neblina, pude ver o mar e um barco viking.
Uma mulher loira, com um rabo de cavalo curto e um elmo, estava atrás de uma mesa de madeira. 
A mulher vestia uma blusa verde e marrom, com uma saia cinza e botas das cores da blusa. Ela também segurava uma espada.
Ao passar pela mesa, vi uma tigela preta e um prato de argila. Entre esses dois objetos, havia uma folha de papel preso com uma faca.
Nos aproximamos do navio, e havia um homem em frente. Este, vestia uma blusa marrom por cima de uma vermelha, uma saia vermelha e botas marrons. Percebi que segurava um berrante, e nas suas costas estavam penduras uma espada e um escudo de madeira. Sua barba era longa, como a do contrabandista, e estava presa com um fio vermelho.
Atrás dele, estava um grande navio, com decorações formadas por três quadrados pratas e dourados, com pequenas joias em seus centros.
Homem: Vocês querem uma carona de volta para o sul?
Kalestri: É obvio. Não viemos aqui para passear.
Luna pareceu indignada com a falta de respeito, mas permaneceu calada.
Homem: Então todos a bordo!
Kalestri foi o primeiro a entrar no navio, seguido de Yann e Holstenan. Logo em seguida, foi a nossa vez.
Após o navio começar a se movimentar, o homem tentou puxar assunto.
Homem: Este navio nunca carregou tanta gente junta.
Ele falou aquilo num meio sorriso.
Alguns minutos se passaram, um silêncio, constrangedor para nós, mas aparentemente normal para o homem, dominava o clima.
Luna: Você parece feliz.
Com grande animação, ele a respondeu.
Homem: Realmente, irmã! Eu simplesmente não consigo me cansar deste lugar! A brisa marinha, o frio revigorante... realmente fazem meu coração bater.
Depois de um tempo que parecera passar rápido, chegamos ao que parecia ser um pântano. 
Homem: Bom, meus caros passageiros, nós chegamos! À direita nós temos uma das entradas para Al-kharid, e à esquerda, o pântano de Lumbrigde. Aproveitem a estadia!
O homem desceu numa ponte de madeira, e logo em seguida nos deu passagem para sair.
Logo após sairmos, dois outros garotos foram até o homem.
Homem: Vocês querem passagem para Kalaboss?
Nos afastamos da ponte, ficando no lado direito. Nesse lado, havia grandes portões que me lembravam decorações árabes, com um guarda em cada lado.

Luna


Sarah: O que acontece agora?

Yann e Holstenan se entreolharam e em seguida, se viraram para Kalestri, que ao perceber, de uma desculpa.
Kalestri: Se me derem licença, preciso voltar para o meu lar. Boa sorte para vocês. Até algum dia.
Sem tempo para se quer uma despedida ou um cumprimento dos guardas, ele sumiu entre os portões.
Respirei fundo.
Luna: Eu estou cansada. Não tem algo como um hotel por aqui não?
Yann e Holstenan se viraram. 
Yann: Cara ou coroa?
Ele tirou uma moeda de ouro do bolso.
Holstenan: Cara.
Yann jogou a moeda para cima, e ela caiu de volta em sua mão. Ele mostrou a moeda e murmurou um palavrão. 
Holstenan: Boa sorte, amigo.
Em seguida, se virou para nós.
Holstenan: Espero encontrar vocês no futuro. Até!
Logo em seguida, atravessou a ponte e sumiu em meio ao pântano. Encaramos Yann, esperando uma explicação.
Yann: Vocês podem ficar na minha casa por um tempo... Até vocês se adaptarem e conseguirem uma própria... O que acham?
Mahoma ficou pensativo.
Mahoma: Tudo bem, será melhor mesmo conviver com alguém que conhece, assim podemos aprender.
Scarlet se manifestou.
Scarlet: Espera! Não podemos ficar na casa de alguém que acabamos de conhecer!
Mahoma: Tem ideia melhor? Pelo menos um lugar melhor?
Scarlet: Mas... e ele é um garoto! Ele...
Mahoma: Ele não vai te estuprar, se é o que você está pensando. Scarlet, você, por ser a mais velha, não devia demonstrar tanta infantilidade. Está parecendo uma criança de primário. Lembra, quando eramos pequenos? As meninas não se misturavam com os garotos e vice versa. Por favor, né.
Ela se calou.
Yann: Bom... vocês com certeza não tem prática com magia, então... Vamos andar até Porto Sarim. Lá vamos para Porto Khazard e de lá para Yanille, onde fica minha casa.
Concordamos.
Eu estava cansada demais para prestar atenção em qualquer coisa que fosse. Mahoma e Yann iam na frente, e conversavam sobre as cidades. Sarah e Scarlet estavam atrás de mim, de braços dados, mas elas estavam falando baixo e não consegui ouvir a conversa. 
Yann começou a dizer onde estávamos conforme andávamos, mas esqueci rapidamente os nomes, e também não prestei atenção nas paisagens. Sabia que estava errada, mas minha condição não permitia. 
Ao chegar em Porto Sarim, Yann alugou um navio. Não demonstrei, mas confesso que fiquei surpresa por um momento, mas então lembrei que, pelo menos lá, isso era normal.
Entregando um saco de moedas para uma mulher de cabelos curtos e negros, ele disse para entrarmos. Não tinhamos muitas opçoes de lugares para sentar, então me sentei num banco de maneira que ficasse encostada na parede. Com dificuldade, consegui ficar sem cochilar até chegarmos em Porto Khazard. 
Quando alguém anunciou a chegada, saímos do navio. Só então percebi o quanto aquelas pontes de madeira eram firmes, ao contrário das que eu estava acostumada.
Yann respirou fundo.
Yann: Bom, estão preparados certo? O caminho até Yanille é um tanto longo.
Todos concordamos.
Yann: Então, sigam-me.
Passamos por algumas arvores secas e algumas casas de pedra. Logo em seguida, passamos por trás de um grande prédio. Algumas rochas que estavam ali começam a refletir e revelar algumas cores conforme o sol ia embora. Devem ser minérios, pensei.
Passamos por algumas arvores. Pude ver que de algumas delas, saia uma leve fumaça. Mesmo Sarah estando atrás de mim, percebi que ela se assustou com algo.
Sarah: O... o que é aquilo?
Ela apontou para uma das arvores. Yann forçou um pouco a visão e logo em seguida sorriu.
Yann: É um diabinho. Não se preocupe, esses são inofensivos.
Conforme andávamos, pude ver alguns desses diabinhos. Extremamente baixos, eram vermelhos e possuíam pequenas asas e chifres. Fiquei surpresa ao ver algumas vacas.
Andamos por um tempo, até que pude avistar uma mulher com os cabelos de cor castanhos claros prendidos num coque, e trajando um conjunto de blusa e saia que, pessoalmente, achei um tanto elegante. Ao nos aproximarmos, percebi que ela estava chorando. 
Apressei o passo e fui até Yann e Mahoma, que estavam um pouco mais a frente. Me coloquei entre os dois.
Luna: Ela está chorando?
Mahoma: Quem?
Apontei para a mulher.
Yann: Acho que sim...
Luna: E você não vai fazer nada?
Yann: Deveria?
Agora, eu já estava parada, na frente dos dois, fazendo com que os quatro parassem de andar. 
Luna: Mas é claro.
Yann ficou um tanto sem jeito.
Caminhamos todos até a mulher. 
Yann: Olá... Parece que sua carroça está quebrada. Você precisa de ajuda?
A mulher o respondeu em meio a soluços.
Mulher: Oh, não me importo com a carroça. Se pelo menos Justin estivesse aqui, ele a consertaria. Meu pobre Justin...
Resolvemos nos afastar enquanto a mulher enxugava as lágrimas, mas não deu tempo.
Mulher: E Jeremy! ELE É SÓ UMA CRIANÇA! Como alguém pode ser tão desumano? Meu pobre garoto! Preciso acha-los...
Yann olhou para nós, e em seguida para a mulher.
Yann: Espero que consiga. Boa sorte!
Logo em seguida, nos afastamos rapidamente.
Yann: É por isso que não se pergunta.
Andamos mais um pouco, dessa vez eu acompanhava a conversa de Yann e Mahoma. Me distrai ao ver um homenzinho pequeno segurando um arco e vestindo roupas verdes. Sua altura era mais baixa que a de um anão. Espera... isso é um...
Luna: ELFO!
Yann: Onde?
Apontei para a criatura, e conforme andávamos, mais daquelas crianças apareciam.
Yann: Na verdade, são gnomos. E aquilo...
Ele apontou para um enorme animal.
Yann: É uma tartaruga.
Nos aproximamos um pouco, realmente era uma tartaruga. Ela era enorme, e dois gnomos estavam sentados nela, um deles num trono de madeira.
Continuamos a andar, até que nos deparamos com um homem extremamente gordo, com pelo menos três metros.
Yann: DROGA. CORRAM!
O seguimos. Quando ele parou para respirar, nós fizemos o mesmo.
Mahoma: Aquilo era um ogro?
Yann fez um sinal afirmativo com a cabeça.
Depois de sentarmos para descansar um pouco, Yann olhou em volta e sorriu.
Yann: Chegamos.
Ele se levantou e andou até uma porta dupla de madeira, que até então eu não a havia notado.
O seguimos, e então nos deparamos com dois guardas, que nos ignoraram completamente.
Parando em frente a uma rocha com um grande buraco circular em seu meio, ele nos deu instruções.
Yann: Pensem em meu nome e em meu rosto, e então entrem.
Logo em seguida, ele passou pela rocha e desapareceu.
Nos entreolhamos. Mahoma foi o primeiro, e como aparentemente havia dado certo, fizemos o mesmo.
Fomos recebidos num pequeno jardim com uma pedra igual. Yann estava encostado numa porta.
Yann: Bem vindos a minha casa! Sigam-me.
Ele entrou no primeiro comodo, fizemos o mesmo.
Yann: Este é o quarto de Satanás, mas vocês podem ficar com ele enquanto estiverem aqui, não é como se ele dormisse mesmo.
Scarlet: ESSE É O QUARTO DE QUEM?
Yann: Do meu mordomo...
Olhei ao redor, só havia uma cama.
Luna: Mas.. só tem uma cama.
Yann: É... posso construir outras amanhã se quiserem, mas hoje realmente não da.
Pensei rápido. Olhei para os outros três e percebi que eles estavam com o mesmo pensamento que eu. 
Coincidentemente, todos corremos ao mesmo tempo para a cama. Me joguei nela e acabei conseguindo ser a primeira a chegar.
Luna: EU FICO COM A CAMA!
Eles reclamaram, mas não adiantou.
Yann: Bom, vocês querem conhecer o resto da casa, comer algo ou...
Ficamos esperando alguém responder. Depois de um tempo, falei.
Luna: Não sei vocês, mas eu estou realmente cansada. Vou ficar por aqui.
Todos concordaram. Pouco tempo depois, tivemos a oportunidade de conhecer Satanás, o mordomo. Carregando algumas cobertas, ele conseguiu improvisar três belas camas no chão. 
Por mais que eu fosse provavelmente a mais cansada dali, percebi que fui a ultima a pegar no sono. O que aconteceria agora?

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Um novo level - Capitulo 5: Não demorou tanto, no final das contas

Sarah

O silêncio predominou após aquela fala, tanto no nosso lado como no outro.
Começamos a ouvir passos vindo daquela sala e presumi que aquilo era uma armadilha. Mahoma fez um sinal para nos afastarmos, então caminhamos até a outra sala, para garantir que não seriamos ouvidos.
Mahoma: O que vocês vão querer fazer?
Luna: Isso depende... quem vocês acham que está lá?
Sarah: Vai saber... nunca vimos nada do tipo nas dungeons... ou vimos?
Luna: Não vimos.
Mahoma: Querem arriscar?
Scarlet: Eu acho que eles tem mais experiencia que a gente. Precisamos de um plano.
Mahoma: É só... todos ou um de nós entra e sai rapido. Se eles atacarem, vamos ouvir.
Sarah: Isso não é um pouco arriscado?
Mahoma: Olha onde nós estamos... nada mais é arriscado. Vamos.
Eu e as garotas nos entreolhamos, e então o seguimos. Mahoma sussurrou.
Mahoma: Eu vou.
Em seguida, encostou na porta e foi teleportado. Ele voltou em seguida, demorando alguns segundos a mais do que eu havia pensado.
Alguém: DROGA!
Mahoma não precisou dizer nada para confirmar que havia alguém lá. Começamos a falar baixo novamente.
Mahoma: O que acham de tentarmos um acordo?
Scarlet: Eita... você pirou? Se entrarmos lá eles vão nos atacar!
Mahoma sorriu.
Mahoma: Não precisamos entrar. Posso?
Concordamos.

Mahoma

Comecei a falar um pouco mais alto que o normal.

Mahoma: Ok. Eu vi dois de vocês. Suponho que sejam três ou quatro, estou certo?

A resposta foi o silêncio.
Mahoma: Por que estão aqui? Talvez seja pelo mesmo motivo que a gente. Por que não nos ajudamos?
Percebi que Luna estava perdendo as esperanças, e Sarah e Scarlet olhavam uma para a outra e tentavam segurar o riso. Poucos momentos depois, um deles nos deram uma resposta.
Alguém: Tudo bem. Nós iremos entrar, não nos ataquem.
Caminhamos de costas até o centro da sala, perto do contrabandista.
O primeiro deles apareceu. Não era muito alto, e tinha cabelos castanhos. Usava roupas que eu imaginava serem típicas da Arábia. Pareciam ter sido bem confeccionadas, mas estavam muito rasgadas e sujas. Fiquei imaginando quanto tempo ele, ou eles, estariam ali.
Logo em seguida, o segundo apareceu. Esse era alto. Tinha cabelos cacheados e loiros, e vestia um tipo de túnica, também extremamente gasta.
Achei que não viria mais ninguém, mas eu estava errado. Em seguida, um terceiro apareceu diante da porta. Não era alto e nem baixo. Tinha cabelos castanhos escuros, quase pretos. Acho que dos três, as piores roupas eram as dele. Estavam imundas.
Esperamos por um tempo, e não veio mais ninguém. Ninguém ousava quebrar o silêncio.
Me virei para encarar as garotas, elas não estavam sendo discretas ao analisar cada um deles, que mantinham uma expressão assustadora em seus rostos, como se fossem nos atacar a qualquer instante.
Mahoma: Bom... devo começar então? Eu sou Mahoma, e tenho dezesseis anos.
Encarei Scarlet, que estava do meu lado. Ela se assustou quando percebeu que era para se apresentar, e acabou ficando um pouco nervosa.
Scarlet: Eu... sou Scarlet e... tenho dezessete.
Em seguida, ela direcionou o olhar para o chão. Sarah era a próxima.
Sarah: Eu sou Sarah... tenho quinze anos...
Nenhum sinal precisou ser feito para Luna saber que era sua vez.
Luna: Meu nome é Luna, e tenho quatorze anos.
Eles permaneceram calados, nos observando.
Mahoma: Nós nos apresentamos, é a vez de vocês.
O primeiro foi o de roupas árabes.
Alguém: Eu sou Kalestri, príncipe de Kharid.
O que diabos um príncipe estaria fazendo num lugar como aquele? Mais tarde, daria um jeito de descobrir. 
O próximo a se apresentar foi o de cabelos cacheados.
Outro alguém: Eu sou Yann. APENAS Yann.
Enquanto destacava o "apenas", Yann encarou Kalestri, que pareceu não se importar.
Último alguém: Eu sou Holstenan.


Luna

Sinceramente, não fui com a cara de nenhum dos três. O primeiro, Kalestri, fez com que eu tivesse suspeitas após a indireta de Yann. Yann parecia ser muito sério, e Holstenan... Bom, ele não parecia ser o tipo de amigo que está disposto a te ajudar.
Luna: Bom, agora que nos conhecemos, como saímos?
Mahoma: Nós temos que encontrar o boss... Vocês já devem ter o matado, ou pelo menos o encontrado, não?
Os três se entreolharam. Era suspeito, mas se eu me manifestasse sobre meus pensamentos, apenas diriam que era besteira ou coisas do tipo.
Yann: Se vocês não o encontraram ainda, é porque está por aqui.
Ele apontou para a porta da qual havia saído.
Yann: Mas nós também não procuramos, resolvemos poupar energias.
Acabei pensando alto sem querer.
Luna: Ou não tinham forças para isso.
Kalestri: O QUE DISSE?
Apenas sorri.
Luna: Nada.
Holstenan: De qualquer forma, vamos.
Passamos por diversas salas, e parecia que a quantidade de inimigos aumentara após a chegada dos três.
Foi rápida a chegada no boss. Era uma criatura horrenda. Semelhante a uma fusão de rocha com alguma espécie de dinssauro, era de uma cor azul acinzentado. Tinha apenas um olho, e uma língua roxa. 
Holstenan: VÃO PARA O OUTRO LADO!
Achei que o aviso era para nós, mas na verdade era para Yann e Kalestri. Nos aproximamos, mas Yann disse para deixa-los cuidar daquilo.
Kalestri: Não deixem ele chegar na comida!
Olhei para o lado esquerdo, e lá havia algum animal, de cor vinho, morto e um tanto despedaçado. Aquela deve ser a comida.
Levou algum tempo, e algumas vezes eles foram acertados por rajadas de ar e algumas patadas, mas finalmente eles mataram. Saímos de trás dos engradados, que por sinal a maioria estava com sua madeira podre, e alguns até com buracos, e fomos em direção ao local onde o animal evaporou após falecer.
Mahoma: Bom trabalho.
Kalestri sorriu. Um sorriso metido, na minha opinião.
Kalestri: Isso o que vocês viram foi um Glutanpopótamus. Ele é fácil de derrotar.
Luna: Eu vi...
Percebi que Yann começou a rir, de uma maneira discreta.
Holstenan: Podia ser pior... podia ser um osso gélido...
Yann: Ah, isso é verdade! Aquelas estalagmites... se você não ficar atento, elas podem causar grandes estragos...
Começamos a rir.
Sarah: Agora é só sair por aquela escada, não?
Sarah apontou para uma porta que acabara de abrir, revelando uma escada simples. Os três sorriram.
Yann: Exato.
Subimos pela escada, e fiquei um tanto impressionada com o que vi... e com frio também.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Um novo level - Capitulo 4: Talvez, uma saída

Mahoma

Contrabandista: Ah já sei! Venham aqui! Todos, venham!
As garotas se aproximaram.
Contrabandista: Com essas armas vocês não irão sobreviver aqui. Vou dar novas para vocês, mas não se acostumem!
Ainda não sabia se aquilo era bom ou ruim.
Ele se virou para Scarlet.
Contrabandista: Para você... Que tal um montante de fractita?
Ela pegou a arma. O punho da espada era um tom de roxo, com o copo verde envelhecido. A guarda era também roxa, mas tinha uma pedra verde, do mesmo tom do copo. A lamina era roxa, mas por ser feita de outro material, parecia ser de um tom diferente do punho.

Ele pegou a arma de Scarlet e colocou na mochila. Logo em seguida, retirou um arco e algumas flechas.
Contrabandista: Um arco de mirtácea... e flechas de novita.
Peguei uma das flechas e comecei a analisa-las. Sua haste era marrom claro, com a ponta roxa, e na outra extremidade, uma pequena pena branca.
O arco era de uma madeira que nunca havia visto, com algumas partes em azul acinzentado.
Luna começou a brincar com a corda do arco, com cuidado para não arrebentar.
Contrabandista: Quando eu era pequeno, sempre me disseram que os curtos eram os melhores.
Luna: E isso é verdade?
Contrabandista: Na verdade nunca notei diferença.
Ele sorriu, e Luna sorriu de volta.
Contrabandista: Bom... você...
Ele começou a revirar a mochila.
Contrabandista: Eu não tenho garras...
Sarah fez uma expressão triste.
Contrabandista: Mas... O que acha de um espadim de novita? É o mesmo material das pontas das flechas.
Sarah pegou a arma. O punho era marrom, e a lamina roxa.
Sarah: É bonito.
Contrabandista: E Mahoma... Runas e cajados não mudam, então apenas te darei mais runas.
Ele me entregou uma bolsa com runas variadas. 
Depois de brincarmos um pouco com as novas armas, resolvemos começar a procurar uma saída.



Luna

Luna: Ok, qual porta?
Sarah: A mais simples, é claro.
Fiquei pensando em como abriríamos as outras portas.
Scarlet: Nós não vamos ficar trancados né?
Caminhei até ela.
Luna: Nós estamos em Guilenor agora. Mais precisamente em Kalaboss, numa masmorra, em dungeon. Não vamos ficar trancados a não ser que a sala que entrarmos tenha um enigma.
Contrabandista: Vocês sabem muito, para novatos.
Sarah se virou para encara-lo.
Sarah: Acho que... se contássemos... você não acreditaria.
Nos aproximamos da porta simples. Mahoma a empurrou de leve, e então foi possível ouvir o outro lado da sala. O silêncio era total. Mahoma encostou a mão na porta e foi teleportado para o outro lado. Poucos segundos depois, ele voltou.
Mahoma: É só encostar na porta para sair ou entrar na sala.
Scarlet: O que tem lá?
Mahoma: Nada
Scarlet: Nada?
Mahoma: Nada. Venham ver.
Ele tocou na porta e foi teletransportado. Fizemos o mesmo. 
Andamos pela sala e ela realmente estava livre de inimigos. Notei que as paredes eram de pedras azuis, e tinham muitas rachaduras. Uma quinta parede saia do lado esquerdo da sala, e dobrava, formando um quadrado no centro do local. 
Achei uma porta atrás do quadrado, com uma madeira que a prendia.
Luna: Ei, aqui!
Eles vieram até mim. 
Mahoma tentou de várias maneiras tirar o pedaço de madeira, mas não conseguiu. Depois de várias tentativas (incluindo a utilização de magia), resolvemos ir para outra sala.
No caminho, escutamos o barulho de algo, semelhante a um metal ou ferro, sendo arrastado.
Sarah: Ali!
Sarah correu até um pouco mais a frente e pegou o que deveria ser uma chave. Era roxa, e tinha o formato de um losango.
Scarlet: Está é a chave para a próxima porta! Vamos!

Scarlet

Sarah colocou a chave na fechadura, e então ouvimos um "clique" e a porta abriu. Era fácil ouvir o som de passos.
Mahoma: Prontas?
Afirmamos.
Tocamos na porta, todos ao mesmo tempo e fomos teletransportados.
Na sala, a unica porta era a que tínhamos aberto, e havia apenas dois inimigos: uma guerreira e uma espécie de demônio de gelo. 
A guerreira usava uma armadura negra, com detalhes em um azul oceano. Ela segurava uma lança da mesma cor da armadura.
As mãos do demônio de gelo eram apenas uma ponta, extremamente afiada. 
Mahoma e Luna atacaram a guerreira, enquanto eu e Sarah ficamos com o demônio. Foi complicado mata-lo, mas não foi demorado. Quando o demônio morreu, ele derreteu.
Procuramos algo de útil no corpo da guerreira, mas achamos apenas moedas. As pegamos e fomos até a primeira sala.
Luna: Que saco. Não tem nada aqui? Como vamos sair?
Sarah encarava a porta com rochas. 
Sarah: E se... a abrirmos?
Notei que o contrabandista estava a prestar atenção em toda a conversa.
Luna: Mas como? 
Mahoma: Talvez eu possa usar magia, mas acho que...
Contrabandista: Não. Magia não funcionaria.
Por coincidência, todos suspiraram ao mesmo tempo.
Contrabandista: Por que não usam uma picareta?
Todos ergueram as cabeças rapidamente, como se tivessem recuperado totalmente as energias.
Scarlet: Você tem uma picareta?
Ele fez um sinal positivo com a cabeça.
Scarlet: Você vai nos dar a picareta?
Contrabandista: Não. Eu vou vender a picareta. Ela custa 1062 moedas.
Olhamos para Mahoma, que carregava o saco com as moedas que havíamos pego da guerreira.
Mahoma: Eu não sei quanto temos aqui.
Ele se abaixou e jogou as moedas no chão. Em seguida, encarou o contrabandista.
Mahoma: Quanto vale a moeda de vocês?
Contrabandista: Como assim, quanto vale a nossa moeda? Uma moeda é uma moeda, ué.
Em passos leves e discretos, eu, Sarah e Luna nos afastamos, indo para outra sala e deixando Mahoma com o trabalho.


Sarah
Quando chegamos, começamos a rir. Sentamos no chão e ficamos conversando.
Conversamos sobre assuntos variados, desde aquela situação, até assuntos como música e moda. 
Se passara quinze ou vinte minutos, e então Mahoma veio nos chamar.
Mahoma: Ok, agora as palhaças podem voltar pra lá.
Ele segurava uma picareta roxa, e que aparentava ter sido usada recentemente, e então percebi que ele estava um tanto cansado.
Nos levantamos e fomos até a porta. Ele deu um leve empurrão na porta e pudemos ouvir ela se abrindo. Nos aproximamos. Estávamos quase nos teleportando quando Luna disse algo, tão baixo que foi quase impossível ouvir.
Luna: Esperem.
Nos afastamos e a encaramos. Ela fez um sinal para ficarmos em silêncio, e em seguida ouvimos algo que sem dúvidas não era de se esperar.
Alguém: Fala baixo, idiota. Eles vão te ouvir.

Um novo level - Holstenan

Skandar Keynes


Nome: Holstenan

Idade: 14
Sobre sua pessoa: Holstenan também chegou de maneira semelhante a Yann, mas diferente do mesmo, seu comportamento mudou completamente ao decidir ficar em Guilenor em vez de voltar para a Terra.

Um novo level - Yann

Jeremy Sumpter

Nome: Yann
Idade: 14
Sobre sua pessoa: No inicio, Yann pode demonstrar ser uma pessoa um tanto... entediante, mas aos poucos se revela uma pessoa divertida e extremamente diferente dos outros colegas de clã.
Yann é o mais novo no clã, e ao contrário de Kalestri, ele chegou em Guilenor de forma semelhante a Luna, Mahoma, Scarlet e Sarah.

Um novo level - Kalestri

Josh hutcherson

Nome: Kalestri
Idade: 17
Sobre sua pessoa: Kalestri é o príncipe de Kharid. Tendo poucas responsabilidades, se juntou ao Clã Kyoukai, clã que aceita todos, não importando suas origens.
É o mais velho e mais odiado do clã, e apenas não é expulso por ser um príncipe.